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Sociedade

Coronavírus: Cinquenta cidadãos liberados da quarentena na Barra do Kwanza

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Cinquenta cidadãos, dos 64 vindos da China, que estavam sob medidas de vigilância epidemiológica no Centro de quarentena da Barra do Kwanza, foram liberados ontem, depois de terem ficado 14 dias em observação para descartar a possibilidade de terem contraído o coronavírus.

O Inspector-Geral de Saúde Pública, Miguel de Oliveira, em declarações à imprensa, explicou que, depois de serem submetidos a vários exames com resultados negativos, cumprirem com o período de quarentena estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e não apresentarem nenhum sintoma da doença, achou-se por bem mandá-los para o seio das suas famílias.

Miguel de Oliveira assegurou que, apesar de terem saído da quarentena, os cidadãos vão continuar a ser acompanhados pelos técnicos de saúde durante dez dias, até completar os 24 dias de vigilância, na medida em que, de acordo com um novo estudo, o coronavírus pode ter um período de incubação de 24 dias.

Em relação aos restantes 14 cidadãos, Miguel de Oliveira informou que ainda não completaram o período de quarentena, mas que os exames já foram realizados e até agora o quadro clínico é estável. “Tão logo terminar os 14 dias exigidos pela OMS e, se não apresentarem nada estranho, poderão ser liberados”, garantiu.

Centro do Calumbo

Em Calumbo estão em quarentena 92 cidadãos, dos quais 37 são angolanos, 50 chineses, dois americanos, igual número de canadianos e um da Côte d´Ivoire.

“Neste local, ninguém ainda foi liberado, porque aguardam o cumprimento rigoroso do período de incubação”, disse.
Questionado sobre alegados maus tratos nos dois centros de quarentena, o Inspector- geral da Saúde explicou que na Barra do Kwanza foram criadas condições adequadas para manter as pessoas isoladas, tendo convidado os jornalistas a constatar “in loco” as reais condições do local.

“Este é o primeiro centro de quarentena e possui todas condições de higiene, alimentação, água e lazer”, disse.

Já no centro de quarentena de Calumbo, a realidade é bem diferente. Os internados queixam-se de maus tratos, falta de pessoal para limpeza, má alimentação, os lençóis sujos e receiam que, ao invés de saírem bem como entraram, contraiam outras doenças.

Miguel de Oliveira assegurou que o Ministério da Saúde já melhorou as condições do centro desde ontem. “A empresa que serve a alimentação na Barra do Kwanza vai ser a mesma a abastecer o centro de Calum-bo”, garantiu.

Os técnicos da Barra do Kwanza vão passar a apoiar os colegas em Calumbo, com o objectivo de melhorar as condições de quarentena de qualquer cidadão que por lá passar.

Angola ainda não registou nenhum caso positivo de coronavírus. Recentemente, dois cidadãos chineses estiveram internados na clínica Girassol, com suspeita da doença, mas os resultados deram negativo.

Na China, epicentro da doença, foram registados 72.528 casos confirmados, sendo que 1.870 resultaram em óbitos. Fora da China, estão notificados 804 casos, em 20 países, sendo que três resultaram em morte.