Sociedade
COP 30: países em desenvolvimento devem exigir maior acesso ao financiamento, defende especialista
Acelerar a transição energética e a protecção da natureza são as formas mais eficazes de conter o aquecimento global. A afirmação é do Presidente brasileiro, Lula da Silva, na abertura da Cúpula do Clima de Belém.
O certame sobre o Clima da cidade brasileira junta mais de 153 delegações de todo o mundo. Luiz Inácio Lula da Silva destacou a urgência de proteger as florestas e acelerar a transição energética.
“Acelerar a transição energética e proteger a natureza são as duas maneiras mais efectivas de conter o aquecimento global”, mencionou.
O estadista disse que apesar das nossas dificuldades e contradições, precisamos de mapas do caminho para, de forma justa e planeada, reverter o desmatamento, superar a dependência dos combustíveis fósseis e mobilizar os recursos necessários para esses objectivos.
Por cá, o presidente da Minuto Verde, uma organização não-governamental vocacionada para protecção do ambiente, disse que o evento representa um marco histórico para o continente sul-americano e para o Sul Global.
“O momento será decisivo para reforçar a diplomacia ambiental, para garantir compromissos reais na luta contra as ameaças ambientas e da vida”, disse.
Rafael Lucas referiu que os discursos dos líderes mundiais que representam as nações que carregam o fardo maior dos efeitos climáticos, reforça a urgência de se combater as desigualdades ambientais.
O especialista compreende que a COP 30 constitui um palco para reafirmar a responsabilidade histórica dos países industrializados, onde os países em via de desenvolvimento poderão exigir mais respeito a soberania climática, e maior equidade no acesso a financiamento para a adaptação, mitigação e transição energética justa.
Rafael Lucas, espera que a Cimeira proporcione maior protagonismo da juventude e da sociedade civil na definição das políticas climáticas, “já que o futuro climático está ser comprometido com o presente”. O académico refere também que “é tempo de transformar as palavras em acções concretas”.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também ressaltou, em seu discurso, a importância das florestas e da transição energética como pilares essenciais para conter o aquecimento global e fortalecer o regime multilateral.
Guterres reforçou ainda que a hora é de acção e não mais de apenas assinar acordos climáticos. “Não é mais hora de negociações. É hora de implementação, implementação e implementação”, enfatizou.
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