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Politica

Contrabando de combustível não foi o que fez cair Laborinho, diz José Gama

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O jornalista angolano José Gama, não acredita que a problemática do contrabando de combustíveis tenha estado na base da exoneração do ministro do Interior, Eugénio Laborinho.

Sem citar as causas, o profissional de informação entende que “algo grave terá sido registado para as mexidas que se observaram no Ministério do Interior”.

As exonerações e nomeações no órgão de segurança começaram com o Serviço de Migração e Estrangeiros e com o Serviço de Investigação Criminal.

Esta quinta-feira, 31, foi exonerado o titular do Interior que, segundo a imprensa angolana, “soube por meio das redes sociais”.

José Gama comentou que, o ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República não citou nomes quando falou sobre esse crime organizado denunciado, inicialmente na província do Zaire, pelo governador local.

“Fora do contrabando de combustível, deve ter acontecido coisas mais graves. Aliás, o contrabando de combustível tudo aponta que aquilo foi e é uma diversão, porque o general Furtado apareceu um dia a fazer denúncias, deixou implicitamente que era polícia, não nomeou ninguém, então nós percebemos e começamos a entender que aquilo serviu porque queriam já tirar a direcção do Ministério do Interior e criaram esse artifício de dizer que estavam envolvidos em contrabando”, defendeu. 

Agora, Manuel Homem deixa a província de Luanda para Luís Nunes e ruma para o Ministério do Interior. Para Benguela, foi nomeado Manuel Nunes Júnior.

José Gama explicou, assim, mais uma mexida do Presidente da República, João Lourenço, no seu xadrez político:

“Estas mexidas visam fazer correcções à volta de ocorrências que foram-se acontecendo no SME e no SIC. No SME, há uma sindicância e há necessidade de alterar, houve aliás, de alterar a sua direcção e o Presidente nomeou há poucos dias novas entidades e este ano, ou melhor, esta semana, afastou o Ministro e os Secretários de Estado desta instituição. Isto também indica que, pelas pessoas que o Presidente foi nomeando, consegue-se perceber que o Presidente passou o poder do Ministério do Interior para os serviços de informação, nomeando quadros que vêm desta instituição”, disse o jornalista angolano residente na África do Sul, sobre as mexidas do Presidente da República, João Lourenço no Ministério do Interior, e governos de Luanda e Benguela.




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