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Contas bancárias de Irene Neto congeladas pela PGR

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As contas bancárias de Irene Neto, filha do primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto, foram congeladas pelas autoridades judiciais angolanas, como avança o jornal Expresso. O mesmo jornal revelou que a decisão está relacionada com a investigação de vários crimes no processo da seguradora AAA, da qual o seu marido, Carlos Manuel de São Vicente foi presidente.

Esta medida contra a filha do primeiro presidente do país associa-se ao congelamento que já havia sido ordenado na Suíça às contas de São Vicente, constituído, na semana passada, arguido em Angola. Irene Neto, antiga deputada do MPLA e membro da sua cúpula, também já tinha assistido, em Dezembro passado, ao congelamento das suas contas no banco helvético SYZA por determinação do Ministério Público de Genebra.

Detentor de várias contas em Portugal, Inglaterra, Bermudas, Estados Unidos, Singapura e Luxemburgo, Carlos São Vicente é suspeito de ter transferido para contas no estrangeiro de familiares mais directos, nomeadamente filhos e a mulher, avultados montantes resultantes das operações da AAA.

Uma outra notícia avançada pelo portal Maka Angola, revela que o BIC transferiu mais de USD 500 milhões para os offshores de São Vicente e família, o mesmo tendo feito o BAI com USD 230 milhões e o BFA com mais de USD 40 milhões.

A acção das autoridades judiciais angolanas contra o genro de Agostinho Neto passou também pelo arresto de vários edifícios e hotéis IKA espalhados por todo o país, bem como pelo congelamento da sua participação de 49% no Standard Bank para onde canalizara como capital USD 100 milhões.

Envolvendo uma vasta teia de negócios cruzados, o esquema que culminou com o apuramento de mais de USD 900 milhões de dólares depositados numa das contas de São Vicente na Suíça, a Sonangol já veio a terreiro manifestar plena disponibilidade para colaborar com a justiça no esclarecimento de todos os meandros deste caso.

Irene Neto, mulher de Carlos São Vicente, antigo presidente da AAA, seguradora da Sonangol – foi constituído arguido pelos crimes de peculato, participação económica, tráfico de influência e de branqueamento de capitais, soube o Expresso junto de uma fonte da Procuradoria-Geral da República.

A dimensão deste escândalo, segundo apurou o Expresso, deverá levar a PGR a ouvir, entre outras altas entidades da Sonangol, o antigo CEO da companhia e ex- vice-Presidente da República, Manuel Vicente.

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