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Contabilistas apontam disparidade entre o que é ensinado e a prática profissional

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Foi durante a segunda edição da Conferência Nacional de Jovens Contabilistas que os participantes apresentaram esta visão.

Adilson Machado, um dos oradores do segundo painel, afirmou, na nota introdutória, que a disparidade entre os conteúdos ensinados nas instituições de ensino tem dificultado os jovens que entram na profissão, ao se depararem, na prática, com conteúdos completamente novos.

Para os académicos, a contabilidade deve ser estudada por sector, para permitir um melhor controlo dos profissionais que actuam como contabilistas.

No entender dos participantes, o contabilista que actua no sector imobiliário não pode, por exemplo ser o mesmo que assina fecho de contas no sector da agricultura.

“O meu número da ordem não devia dar acesso assinar tudo. Eu não devia ter acesso, por exemplo, a assinar as contas de um banco, a assinar as contas de uma cooperativa agrícola, porque estes sectores têm especificidades próprias”, disse, durante a mesa redonda sobre o tema ‘a importância de integrar os diversos sectores da contabilidade para criar soluções inovadoras e sustentáveis no contexto actual e futuro.

Para Adilson Fernando a contabilidade geral não deve ser a base para o exercício da profissão, exemplificando os sectores mineiro e petrolífero como sendo alguns dos vários com especificidades próprias.

Verónica Marques é a segunda porta voz da Academia de Contas. A profissional afirmou, em entrevista ao Correio da Kianda, que o objectivo da conferência, que faz parte das plataformas de ensino da academia e pretendem juntar académicos e profissionais de várias ciências contábeis dentro da economia.

Questionada sobre o futuro da contabilidade no país, Verónica Marques respondeu que a profissional seria “bem mais valorizada, se os estudantes não fossem tão dependentes das universidades e das instituições de formação”.

Para ela, a contabilidade é um curso que está em constante actualização.

“Se todos nós nos formarmos e sentarmos com as pessoas certas, nós conseguimos transformar a contabilidade numa das profissões de referência no país”, afirmou.

Mais de 500 pessoas, entre profissionais, estudantes, investigadores, estiveram neste sábado, 1 de Fevereiro, no Centro de Conferência de Belas, em Luanda, na segunda edição da conferência nacional de jovens contabilistas, a discutir o tema o futuro da contabilidade em Angola.

O evento de periodicidade anual é uma organização da Academia de Contas de Angola.

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