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Economia

Consórcio norte-americano assume ligação ferroviária de Angola à RDC por USD 4,5 mil milhões

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Foi assinado neste sábado, 09, um memorando de entendimento entre um consórcio de empresas norte-americanas e o Ministério dos Transportes, para a construção do ramal do Caminho de Ferro de Luanda, ligando-o à República Democrática do Congo.

Trata-se do All-American Rail Group (AARG) que com o acordo se compromete em apoiar a integração do plano de expansão ferroviário do Norte do país.

O projecto, avaliado em 4,5 mil milhões de dólares, visa ligar a ferrovia de Luanda à República Democrática do Congo, no quadro do reforço da segurança alimentar de Angola, apoiando a expansão agrícola no Uíge, Kwanza Norte, Bengo, Malanje e Zaire em estreita sinergia com as plataformas logísticas do Soyo, Malanje, Luvo e Lombe.

A interligação com a RDC vai possibilitar a exportação de petróleo, madeira e minerais para os países do Atlântico.

“O All-American Rail Group está comprometido com Angola”, disse Mustafa Ocalir, membro do Conselho de Administração da empresa. Que acrescentou: “Este Memorando de Entendimento é o
nosso primeiro passo para podermos apoiar o plano de expansão da rede ferroviária angolana, tema crítico para a diversificação da economia e para a criação de emprego. Convém perceber, contudo, que o Corredor Norte não é apenas ferroviário. Pretendemos construir e integrar a ferrovia com plataformas logísticas e com um porto nesta região agrícola, para fazer avançar o arrojado PlanAgrão e reforçar a segurança alimentar do país.”

O mesmo responsável sublinhou ainda que o grupo atribui grande importância à parceria agora iniciada com o Ministério dos Transportes e que estão prontos para colocar à disposição de Angola a sua capacidade de construir, operar e financiar projectos ferroviários e logísticos.

O ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, aproveitou a ocasião para evidenciar o potencial de desenvolvimento do Corredor Norte, “que apesar de terminar em Malanje, pode estender-se para o Norte e Leste do País – as regiões mais populosas do País e detentoras de características naturais propícias à implementação de actividades de agronegócio, comércio, indústria e turismo”.

O ministro dos Transportes lembrou, entretanto, que “o Plano Director do Sector preconiza a extensão dos três corredores nacionais para as fronteiras com os países vizinhos, com o objectivo prioritário de
potenciar as ligações aos respectivos portos do litoral, a facilitação do comércio transfronteiriço e a dinamização da economia real em Angola”.

Em virtude da importância deste memorando de entendimento, o Ministério dos Transportes vai criar um grupo de trabalho presidido pelo titular da pasta, composto por responsáveis da Direcção Nacional para a Economia das Concessões, do Caminho de Ferro de Luanda, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, e do All-American Rail Group.

O All-American Rail Group (AARG) é um consórcio ferroviário com sede em Houston, no Texas, composto por seis empresas ferroviárias e de infra-estrutura americanas.

Nos últimos cinco anos, o AARG e os seus parceiros facturaram USD 19,7 bilhões, tendo construído e assumido a gestão de 3.000 projectos ferroviários nos Estados Unidos, dos quais mais de 200 são projetos de grande escala. Acresce que dispõe de financiamentos do Export-Import Bank, dos Estados Unidos, e planeia abrir em breve um escritório de representação em Luanda.

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