Bastidores
Revelado o esquema usado pelo Major Lussaty para desviar bilhões do BNA
O Correio da Kianda apurou junto de fonte na Casa de Segurança do Presidente da República, que o dinheiro encontrado em posse do Major Pedro Lussaty, faz parte de um lote desviado, durante o transporte, e que nunca deu entrada nos cofres do Banco Nacional de Angola.
Contrariando o comunicado do BNA, tornado público hoje, quarta-feira, a fonte que temos vindo a citar, avança que Lussaty, comandava uma rede que se dedicava ao desvio de dinheiro durante a transportação do Aeroporto para o Banco Nacional de Angola. Faziam parte desta rede, altos quadros do BNA e da Casa de Segurança do Presidente da República.
A rede comandada por Pedro Lussaty tinha facilidade porque a segurança do Banco Nacional de Angola é assegurada pela Unidade da Guarda Presidencial – UGP.
A fonte do Correio da Kianda, que pediu que não fosse identificado, garante que as transferências feitas pelo “Major mais rico do mundo”, ultrapassam o valor anunciado pelas autoridades, pelo facto da rede funcionar há já algum tempo.
Quanto as supostas amantes e namoradas que exibiam maços de dólares nas redes socias, a fonte avança que eram usadas como “mulas”, indivíduos que transportam dinheiro ilegalmente (em transferência ou em mão) para outros países, tornando-se assim parte de um esquema de lavagem de dinheiro.
A “Operação Caranguejo”, como foi apelidada pelas autoridades angolanas, é descrita por alguns analistas como a maior fraude da era João Lourenço, que vê-se na obrigação de dispensar o seu Chefe de Segurança, por este ter sido enganado pelos seus mais directos colaboradores, uma falha, que põe em causa a sua capacidade para proteger João Lourenço.
Kwanzas em posse do “Major Bilionário” foram adquiridos em banco comercial
pedro Henrique
28/05/2021 em 12:57 pm
Caso Lussaty: um SINSE a servir a pátria!
Quando eu ouvi o procurador-geral da República Hélder Pitta Gróz, em entrevista à RNA, sobre o caso Major Lussaty, dizendo que era prematuro comentar sobre o assunto, logo percebi que a “Operação Caranguejo” não era de autoria da PGR.
Quando ouvi na TPA que o SINSE estava na Operação, conhecendo a capacidade de investigação dos meus ex-colegas, percebi que o SINSE comandou tudo.
E é só por isso que teve o resultado eficaz e profissional que teve contra altos oficiais da Casa de Segurança do Presidente da República.
As minhas fontes confirmam que o SINSE segue o dossier “Lussaty” há 3 anos e que actuaram no momento certo para não haver dúvidas dos crimes cometidos contra o Estado angolano.
É este SINSE que se deseja para o país.
Dou aqui as minhas felicitações ao Chefe do SINSE o General Fernando Garcia Miala, pelo trabalho feito.
É um trabalho profissional de se lhe tirar o chapéu.
Continuem a ajudar o Presidente da República João Lourenço no combate à corrupção e à impunidade, seja quem for.
Força, SINSE!
Mostrem ao país a vossa capacidade de servir a pátria acima de interesses individuais e de grupos.
Carlos Alberto (Cidadão e Jornalista)
26.05.2021