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Congresso da UNITA arranca hoje

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O XIII congresso ordinário da UNITA arranca hoje, em Luanda, e deverá escolher o substituto do atual presidente, Isaías Samakuva, que deixa o cargo após 16 anos.

Cinco candidatos disputam a sucessão, após uma campanha intensa e com um discurso quase convergente, dar continuidade aos projectos das anteriores lideranças.

Isaías Samakuva decidiu não se candidatar a própria sucessão ao cargo que ocupava desde o IX congresso realizado em 2003, abrindo a possibilidade aos seus companheiros Raúl Danda, Alcides Sakala, Kamalata Numa, José Pedro Katchiungo e a Adalberto da Costa Fernandes, sujeitarem-se a escolha dos mil 1a fren50 delegados.

Raúl Danda, que notabilizou com jornalista de 1985 a 2006, primeiro na Rádio Vorgan (voz da Resistência do Galo Negro) e depois na Rádio Nacional de Angola, é um dos candidatos à liderança.

Actualmente vice-presidente da UNITA, é pela introdução de reformas na Unita, tendo em conta a necessidade de melhor preparar o partido para a tomada e exercício do poder político no país.

Entre as principais reformas, emerge a intenção de reduzir a composição do comité permanente, actualmente com 51 membros, de modo a torná-lo “num verdadeiro núcleo duro” do partido, onde são tomadas decisões acertadas inerentes às questões mais estratégicas da UNITA e do país.

Admite tratar-se de uma iniciativa que pode suscitar um certo mal-estar internamente, mas necessária porque o actual comité permanente não tem se revelado mais eficaz na sua acção de estudar estratégias e apontar linhas de actuação, por ser numeroso na sua composição.

José Pedro Katchiungo promete ser um líder corajoso, inovador e enérgico, caso seja eleito presidente. Um líder que saiba ouvir os outros, que garanta a autoridade do partido, tenha coragem de discordar, bem como persuadir e fazer vincar a opinião da maioria.

Afirma-se como seguidor da vontade do presidente cessante, Isaías Samakuva, pugnando pela honestidade, lealdade e patriotismo que acima de tudo ama Angola.

No seu manifesto, o vice-presidente da bancada parlamentar da UNITA reafirma a vocação de exercer o poder político através do fortalecimento da cidadania, com vista a efectivar a verdadeira mudança.

Adalberto da Costa Júnior, presidente da bancada parlamentar, garante que, com a sua eleição, o partido deverá mostrar pelos quatro cantos de Angola que a UNITA tem projetos para orientar e governar o país.

Afirma que o seu propósito como candidato à presidência da Unita é elevar o partido à alternância do poder político que se vive no país, em 2022 aquando da realização das eleições gerais.

Alcides Sakala Simões , ex-guerrilheiro, porta-voz do partido e deputado à Assembleia Nacional, é de opinião que a sua  candidatura representa o ressurgimento da esperança e do direito à cidadania, o aprofundamento da democracia e a defesa dos princípios de Muangai de 1961.

Sakala destaca a necessidade daquela força política assumir uma postura e responsabilidade moral, tornando-se num partido político dinâmico e congregador.

Outro candidato, Abílio Camalata Numa, mestre em Direcção Estratégica e Gestão de Inovação, promete modernizar a UNITA, transformando a organização num partido pan-africano, com projectos de formação de quadros.

As  suas intenções são essencialmente as de elevar o grau de organização partidária e de maturidade política da UNITA, para que esteja à altura dos desafios políticos do país.

Salienta que, caso seja eleito, vai usar a sua experiência para ajudar o partido a desenvolver uma política que contribua para a consolidação da democracia, bem como a preservação e manutenção da paz e estabilidade nacional, para além de implementar o Projecto do Muangai

A campanha eleitoral foi intensa, tendo os candidatos percorrido diversas províncias do país para darem a conhecer as suas ideias e projectos, com o intuito de influenciar os 1.150 delegados ao conclave.

O sorteio da posição no Boletim de voto determinou Estêvão José Pedro Katchiungo para a primeira posição, Raúl Danda na segunda, Adalberto Costa Júnior na terceira, Abílio José Augusto Kamalata Numa na quarta e Alcides Sakala Simões na quinta posição.

C/ Angop




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