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Conflito e desafios de segurança no Leste da RDC não têm uma solução militar, diz João Lourenço

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Num comunicado de imprensa divulgado há instantes, o Presidente da República, João Lourenço, reiterou que o caminho para a paz no leste da República Democrática do Congo, não passa por intervenção militar, mas manutenção do diálogo entre as partes.

“O conflito e desafios de segurança no Leste da RDC não têm uma solução militar”, pelo que exorta “as partes a regressar de imediato à mesa das negociações”, diz o comunicado.

Em causa está o avanço do Movimento 23 de Março (M23) tomando as cidades de Sake e Minova, tendo como meta chegarem à Goma, capital de Kivu-Norte, que, segundo o documento, reflectem “uma perigosa escalada neste conflito, com enormes implicações na frágil situação humanitária, particularmente ao redor da cidade de Goma, agora sitiada”.

O Chefe de Estado angolano, também Facilitador do Processo de Pacificação na Região dos Grandes Lagos, no conflito que opõe a RDC e o Ruanda mostrou-se preocupado com a deterioração da situação de paz e segurança no Leste da RDC, em particular nas províncias do Kivu-Norte e Kivu-Sul.

“Sua Excelência João Manuel Gonçalves Lourenço condena e repudia com veemência essas acções irresponsáveis do M23 e seus apoiantes, que colocam em risco todos os esforços e progresso alcançado no Processo de Luanda para uma resolução pacífica deste conflito, deplorando as consequências nefastas para a segurança regional”, lê-se.

Num relatório publicado em 2024, peritos da ONU referem que cerca de 3.000 a 4.000 soldados ruandeses combatem ao lado do M23 no leste da RDC, e que Kigali tem “controlo de facto” das operações dos rebeldes.

Estima-se que os conflitos naquela região tenham causado mais de 1,7 milhão de deslocados somente na província do Kivu-Norte. Em todo o país, mais de sete milhões de congoleses foram obrigados a deixar as suas casas devido a confrontos.




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