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Opinião

A comunicação, nós e as eleições em 2017

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A campanha entrou para auto estrada e mesmo que alguns partidos estejam a saltar buracos, de norte a sul de uma ponta a outra, sentimos a força de um processo que está a chegar a quarta velocidade.

Em cima da mesa, os mais vivos soltam os seus trunfos e sentados nas cadeiras de observadores, o povo votante continua o contemplar. Ninguém nesta altura se atreve chamar o adversário de malandro. Todos esgrimem no palco das intenções os seus programas para acçao governamental que poderão mudar o rumo desta nação. Agora com maior noção das coisas, é preciso ter muito cuidado.

Os tempos já não são como os da outra senhora.

A economia desbarra forte e feio, os campos estão livres de tudo, e espera pela plantação de cenoura, abóbora e amoura como se fazia noutro hora.

Cada um teve o seu tempo, cada um mostra na tv e faz ouvir na radio os seus argumentos para uma gente avida para votar mesmo que milhares estejam por enquanto indecisos.

Cá vamos nós, os partidos querem que os votos sejam contados nos municípios. Na igreja o padre pede calma, e perto de votar, fieis lavam a alma.

Cá vamos nós. A MFM faz história na cobertura do quarto pleito eleitoral sem santos na hora da verdade. No Cassequel do Lourenço, Laúca já manda luz segundo fonte segura.

No popula, energia é no pisca pisca daí algum silêncio. Xé puto num fala politica, cota ta calado, menino toma gelado e perto de cortar a meta na torneira agua nhete.  

Cada um promete o que pode, e quem não puder, com a APN se sacode.

Um milhão de empregos para nova era, e quem não apanhar, é aquilo que se diz… Já era. Nem a sonhar um milhão de casas e agora em 2017, há quem ache que a corrente fria não mais virá de Benguela. A natureza sabe o que faz.

O povo está atendo, calmo e sereno, sendo que a comunicação é uma arte e sem ciência não se chega ao ponto de excelência.

Sua excelência fala para os antigos combatentes e os mwanas param o tempo dizendo viva federalismo.

Os camaradas correm bueeeee e usam todas as forças.

Os maninhos sobem o moco e uma vez mais se preparam para descer o morro com cautela para evitarem um grande deslize como da vez anterior.

Cheio de esperança, a Casa, se quer mostrar arrumada, desceu a leba e sentiu a energia da Huila. Sentiu no Namibe a brisa do mar e do deserto, e agora luta – luta até 23 de Agosto.

Com gosto agridoce anda FNLA. Sem Cabango, abre a bíblia e é com Lucas que reluz a esperança sempre tão desavinda.

Na praça pública os guerreiros trazem de tudo para convencer quem está indeciso quanto ao candidato que irá votar e carregar esta Angola cansada de promessas para um verdadeiro rumo.

Fumo é fumo, e o que os partidos nos estão a mostrar na tv só agora convence quem lida com comunicação.

Programas com acústica fraca (som sem qualidade) imagem em baixa resolução, tele-ponto mal alinhado, excesso de luz, roupas assim – assim, para uns textos repetidos e pouco emotivos, falta de segurança, pouco carisma em grande parte dos comunicadores, convicção e determinação no verbo.

Este é o resultado de quem ignora quem sabe ou não queira gastar para se ter um programa bem produzido. Barato custa caro.

Uma boa mensagem pode não atingir ou seu objectivo caso haja ruídos no emissor, seja qual for o canal.

Quem não explorar a qualidade da comunicação terá dificuldades em ver e ou de facto saber o que eleitor exigente pensa.

Em pista vemos uns, que ainda no principio já com a língua quase de fora. Bandeira branca quase levantada sem os 0,5 assembleia nada.

Agora é mais rápido, agora é a valer. Dia 23 está perto. Tempo do wembo ficou, em Agosto todos ao voto.

Quem decide é você.

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