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Politica

Como ACJ na UNITA, Hach parece ser a preferência extramuros na JMPLA

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Para ser eleito nos partidos ou nas agremiações juvenis dos partidos, os candidatos são eleitos pelos membros dos partidos delegados aos congressos ou às convenções, mas para vencer as eleições para governar os países é o voto do povo que conta, daí, em muitos casos, os partidos preferir ter à sua frente aqueles militantes que são a preferência do público, e não o aparentemente aceite a nível interno. Foi seguindo essa estratégia que a UNITA teve o resultado eleitoral que se conhece.

Esta semana, a JMPLA, braço juvenil do MPLA, vai, no quadro do 9.° Congresso Ordinário, que se realiza entre os dias 21 e 23 deste mês, em Luanda, eleger o novo primeiro secretário Nacional, em substituição de Crispiniano dos Santos, que se encontra em fim de mandato.

Dois candidatos concorrem para o referido cadeirão máximo da organização, nomeadamente Adilson Hach e Justino Capapinha.

E em diferentes segmentos da sociedade vaticina-se que a actual direcção da JMPLA, responsável pela organização do processo eleitoral interno, esteja a favorecer o jovem Justino Capapinha, sendo que há denúncias inclusive da participação de membros da Comissão Preparatória do congresso em seus actos eleitorais.

Embora a direcção possa rejeitar tais denúncias, a direcção peca até em pequenos detalhes, como na nota que informa sobre as candidaturas aprovadas para o conclave, onde coloca o nome de Justino Capapinha em letras todas maiúsculas, deixando transparecer a tónica que se pretende dar nessa candidatura, e escreve-se o nome de Hach, apenas maiúsculas as iniciais.

Além destes aspectos que beliscam a imagem de quem esteja à frente do processo, a campanha de Justino Capapinha tem se feito cobrir por uma moldura humana significativa, dando a sensação de aue goza de bastante apoio interno.

Diferente disso, a candidatura de Adilson Hach tem pautado pela apresentação clara do que há-de vir a fazer caso seja eleito.

E tem sido cada vez notória a sua aceitação a nível intramuros, mas sobretudo pela sociedade.

É verdade que para se ser eleito nos partidos ou nas agremiações juvenis dos partidos, os candidatos são eleitos pelos membros dos partidos delegados aos congressos ou às convenções, mas vale referir que para se vencer as eleições para governar os países é o voto do povo que realmente conta.

Por exemplo, quando Adalberto Costa Júnior, actual presidente da UNITA, candidatou-se a líder da organização em 2019, tinha pouca moldura humana militante à sua volta, mas os quadros delegados perceberam que, entre os candidatos, nomeadamente: Raul Danda (já falecido), Kamalata Numa, Alcides Sakala e Pedro Cachiungo, Adalberto Costa Júnior era o que mais tinha aceitação no seio da população – uma estratégia que acabou por se revelar quase perfeita face aos resultados obtidos.

Adilson Hach parece colher a simpatia dos jovens angolanos apartidários e não só, tendo em conta o número de perfis nas diferentes redes sociais que carregam suas fotografias, além de seus slogans e programas serem amplamente partilhados por pessoas alheias ao partido.

A JMPLA vivencia um mau momento, com as capacidades de Crispiniano dos Santos a serem questionadas.

E espera-se que quem vier a vencer as eleições seja inclusivo, que faça tudo para que se possa recuperar a mística da agremiação juvenil, e só um candidato apreciado pela população terá maiores probabilidades de contribuir para que o MPLA tenha um melhor resultado eleitoral.




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