Comandantes Sita e Bety passados à reforma

A par de Quim Ribeiro, António Maria Sita e Elizabeth Maria Ramos Franque que foram os comandantes da Polícia em Luanda, que marcaram a vida dos habitantes da capital nos últimos 13 anos.

Os comissários-chefes António Maria Sita e Elizabeth Maria Ramos Franque, ambos antigos comandantes da Polícia Nacional em Luanda, foram licenciados à reforma por decisão do Presidente da República expressa num Decreto Presidencial tornado público ontem, dia 4.

A par de Joaquim (Quim) Ribeiro, António Maria Sita e Elizabeth Maria Ramos Franque são ex-comandantes da Corporação que marcaram a vida dos habitantes da capital nos últimos 13 anos.

Elizabeth Franque, mais conhecida por Bety, foi a primeira e até aqui a única mulher a ocupar o cargo de comandante da PN em Luanda. Foi oficialmente nomeada em Julho de 2011, depois de um período à frente do órgão de forma interina, dado que o então comandante Quim Ribeiro estava apenas suspenso do cargo por alegadas ”infracções no exercício das suas funções”.

A opção do então Chefe de Estado José Eduardo dos Santos em exonerar Quim Ribeiro não foi uma decisão fácil, dado que havia em Luanda uma tendência crescente da criminalidade violenta, e, aparentemente, era Quim Ribeiro quem, no contexto de então, a nível da corporação, estava melhor ‘talhado’ para lidar com o facto.

Em seu lugar tinha de ser colocado alguém cuja carreira e postura pública transmitisse medo aos marginais, e sentimento de segurança à população, e nesse quesito, a comandante Bety tinha o currículo adequado.

Entretanto, a sua passagem não correspondeu tão bem com as expectativas.

E para contrariar os assustadores números de homicídios, José Eduardo dos Santos nomeou António Maria Sita em substituição de Bety, em Junho de 2013.

O homem não teve vida fácil em relação ao combate à criminalidade, e tinha de lidar com a ‘cólera’ da imprensa, sobretudo a especializada em temas de criminalidade, e que expunha seus fracassos.

Apesar da calma com que se apresentava ao público, o comissário-chefe teve, tendo em conta os números que eram apresentados, maior triunfo no combate ao crime em relação a sua antecessora.

Outros quadros que deixam as unidades

Além de António Maria Sita e Elizabeth Franque, foram igualmente licenciados à reforma os comissários-chefe António Vicente Gimbe, Alfredo Quintino Lourenço, Eduardo Fernando Cerqueira, Mário Augusto de Oliveira Santos, os comissários Alberto Lisboa Mário, João Elias de Sousa, Pedro André Quiambi, Filipe Barros Espanhol, Luís Manuel António, Rogério Fangana Muagina, os subcomissários Sebastião Xavier Neto, Augusto António Chiwawa, Nito Domingos Joaquim Manuel, Domingos Jerónimo, e Rafael Mingas Vumbi, bem como a subcomissário de Investigação Criminal Maria Helena dos Santos.