Sociedade
Comandante-geral da PN pede desculpas por excessos cometidos pelos seus agentes
O comandante-geral da Polícia Nacional de Angola, comissário-geral, Paulo Gaspar de Almeida, pediu desculpas públicas, na noite desta sexta-feira, 11, pelos excessos cometidos por alguns agentes da corporação durante a sua actuação e assegurou que os efectivos envolvidos serão responsabilizados disciplinar e criminalmente.
“Quero, em nome da corporação, pedir as nossas sinceras desculpas pelos erros e actos indecorosos que alguns efectivos têm vindo a praticar e garantir aos cidadãos que serão tomadas medidas disciplinares e exemplares que vão até a expulsão destes actores”, afirmou.
Paulo de Almeida, que falava em conferência de imprensa, no Centro de Produção Audiovisual da PN, em Luanda, reconheceu haver excessos na actuação policial, sublinhando que, “a Polícia Nacional é uma instituição de bem servir, é uma instituição que tem moral e responsabilidade de garantir a paz, a ordem e a tranquilidade pública”.
De acordo com o comandante geral, os excessos na actuação das forças do Ministério do Interior, que em menos de duas semanas provocaram mais de duas mortes, “estão a criar sentimentos de insegurança aos cidadãos, reduzindo a confiança que depositaram na corporação”.
Apelando aos cidadãos calma e serenidade “é preciso que os problemas sejam resolvidos conversando e não buscando soluções hostis e ofensivas que podem levar a situações desastrosas. Logo, vamos todos trabalhar juntos”.
O comandante-geral da PN perante aos órgãos de comunicação social, endereçou os sentimentos de pesar às famílias enlutadas, em particular às do médico Sílvio Dala e da menina alvejada mortalmente por um agente da ordem, no bairro dos Ossos, no município do Cazenga.
Por outro lado, Paulo de Almeida enalteceu o trabalho levado à cabo pelos efectivos da corporação, que pautam pela conduta exemplar e pelo esforço que têm dedicado na prevenção e combate à criminalidade, cujas acções operacionais têm permitido baixar, “significativamente”, as cifras criminais, assim como na “prevenção à propagação da covid-19, fruto da colaboração da população”, disse.
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