Sociedade
Colégios recuam e procuram alternativa para não despedir professores
Com a suspensão das actividades lectivas e académicas e, consecutivamente, o pagamento de propinas, em todas as instituições privadas e público-privadas, as escolas particulares de Luanda buscam alternativas para não despedirem professores e outros funcionários, durante a pandemia da Covid-19.
O Colégio Elizângela Filomena já tinha comunicado o despedimento em massa de trabalhadores, na semana passada, conforme o Correio da Kianda noticiou. Contudo, nesta quinta-feira, 15, informou aos pais e encarregados de educação que encontrou uma solução alternativa para a continuação das aulas, na próxima semana, contrariando o decreto presidencial sobre a suspensão de aulas e pagamentos, por tempo indeterminado.
Num vídeo divulgado nas redes sociais, a direcção do Elizângela Filomena lamenta a decisão do Executivo, porque, segundo eles, os seus alunos já estavam acostumados e familiarizados com as vídeoaulas. Por outra, sublinha que esta decisão “anula e desvaloriza por completo todo esforço de investimento feito pelas escolas e pelas famílias”, considerando ainda que com a suspensão de pagamento de propinas, o Governo interfere na gestão das instituições privadas.
A direcção apelou calma e tranquilidade aos encarregados, assegurando que, a partir da próxima semana, retomarão com as vídeoaulas, e que, segundo eles, não estarão a violar qualquer decreto.
Enquanto as escolas continuam vazias, os alunos do Colégio Elizângela Filomena vão continuar a receber orientação, durante o período de isolamento para o combate à Covid-19, através de plataformas digitais.
Mesma decisão já havia sido tomada pela direcção do Aurora – Complexo Escolar Internacional que emitiu um comunicado em que diz recusar-se a suspender a aprendizagem dos educandos.
O Governo determinou, no dia 09 de Julho, a suspensão da cobrança de propinas em todas as instituições de ensino públicas, público-privadas e privadas. Conforme o decreto, a medida deverá vigorar até a retoma das aulas presenciais no país, suspensas devido medidas de biossegurança contra a expansão da Covid-19.