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Colégio Esperança Internacional – Novos Donos “Chamam” Encarregados para Solução
Foi realizada no Colégio Esperança Internacional (Coespi) uma reunião entre encarregados de educação e os novos donos do Colégio. Isso mesmo, o colégio tem novos donos desde Outubro. Trata-se de um grupo angolano. Os novos donos querem reabrir o Coespi no mais curto espaço de tempo e querem manter a qualidade de ensino dos turcos pelo que pediram aos pais um tempo para resolverem os problemas.
A questão contraditória é que o secretário de estado da educação e a comissão de pais já haviam anunciado que o Coespi não voltará a abrir e os pais devem tentar outras alternativas.
Face a isso, a reunião entre os novos donos e os encarregados foi, em si, muito confusa, pois depois de hora e meia de conversa os “pais” começaram a abandonar a sala. Uns mantiveram-se, a discutir o futuro do Coespi, outros a transferência dos seus filhos para outros instituições e outros ainda a debater e devolução do dinheiro.
Recorde-se que o Colégio Esperança Internacional foi encerrado pelas autoridades, após ter sido acusado de estar a facilitar a entrada de terroristas em Angola, pelos Ministérios da Educação e do Interior, coadjuvados pelo Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), o que provocou tumultos entre os estudantes, que na altura assistiam aulas.
Entretanto, Tchissola Figueiredo, estudante do colégio turco, disse que a escola foi forçada a fechar porque alegaram que o director vendia bilhetes para terroristas, o que não é verdade. “Esta situação aconteceu, mas em França”, reafirmou.
Já fui representar Angola nas Olimpíadas em Azerbaijão, onde ganhei a medalha de prata, e nos Estados Unidos onde também ganhei uma outra medalha, de ouro, com um projecto. A minha escola dá muitas oportunidades as pessoas, defendeu a referida estudante.
A aluna diz ter sido apanhada de surpresa com a presença de polícias armados, acompanhados por pessoal do Ministério da Educação e da migração e estrangeiros (SME), para fecharem o mesmo. “As crianças ficaram aterrorizadas ao verem os professores e colegas turcos serem levados pela polícia, ainda prenderam alguns cidadãos nacionais por terem reivindicado”, afirmou Tchissola Figueiredo.
O Colégio Esperança Internacional (Coespi) fazia parte de uma rede de escolas islâmicas Turkas espalhadas por África, designadas por Gulen Schools. Recentemente os governos dos países onde há estas escolas receberam notificação oficial do governo Turko alegando o envolvimento do Colégio em acções ilegais onde se inclui a lavagem de dinheiro e financiamento de actividades terroristas. Os governos iniciaram as investigações necessárias e em alguns casos descobriram irregularidades várias.
No caso de Angola descobriu-se descaminhos de dinheiro para entidades possivelmente associadas à grupos extremistas bem como falsificação de vistos de trabalho, acrescendo o facto de que metade dos professores estrangeiros estavam sem vistos e a exibiram talões/recibo falsos.
As escolas Gulen são geridas por indivíduos que são seguidores secretos de um Iman Turco chamado Fethullah Gulen. Os seus seguidores são chamados de Gulenists, e coletivamente formam uma rede global designada o Movimento Gulen.