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Cimeira UA-UE: líderes debatem sobre desinformação e influência de estrangeiros na subversão dos processos democráticos

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No âmbito dos preparativos da sexta cimeira entre a União Africana e a União Europeia, que decorre nesta quinta e sexta-feiras, em Bruxelas, a organização do evento realizou na segunda-feira um workshop dirigido aos jornalistas que cobrem o evento, onde foram abordados temas como a desinformação e papel que os agentes estrangeiros desempenham na subversão dos processos democráticos na União Europeia e nos seus estados membros.

O workshop foi dirigido pelo representante da comissão especial do Parlamento Europeu sobre interferência em processos democráticos na União Europeia, Remi Pierot, que começou por afirmar que “o financiamento negro é um grande problema na Europa”.

“As nossas investigações revelaram tendências de financiamento de actores estrangeiros para campanhas eleitorais na Europa. Localizámos parte do dinheiro para a Rússia”, continua ele. “O nosso trabalho é construir a resiliência das nossas sociedades, mesmo com estas ameaças que estão principalmente no espaço digital”, afirmou Pierot.

O comité especial integra 33 membros com um mandato de doze meses e foi criado como “uma reacção à crescente evidência de interferência externa nas eleições e debates públicos na Europa”, afirmou, categórico.

Apesar do facto de a desinformação não estar entre os temas a serem abordados nesta cimeira UE-UA em Bruxelas, Remi Piorot revela que as estratégias empregadas pelos agentes da desinformação na Europa são espelhadas em África, tendo citado a onde de protestos anti-vacinas que actualmente acontecem em Bruxelas como um dos exemplos.

“A Europa está nas suas primeiras fases de compreensão do alcance da desinformação. Quando criarmos um quadro, envolveremos as outras regiões, especialmente a África”, disse, evitando discutir detalhes de um novo relatório da comissão que deverá ser apresentado na sessão plenária do Parlamento Europeu em Março próximo.

No entanto, Remi Pierot sugere a possibilidade da criação de uma segunda comissão especial para criar um quadro de resposta às recomendações do próximo relatório.

Mais de 100 peritos deram os seus testemunhos sobre a infra-estrutura de desinformação na Europa. A Rússia e a China são citadas entre os principais regimes que canalizam milhões de dólares para projectos de interferência em 33 países. O Parlamento da UE votará o relatório do Comité Especial no dia 10 de Março.

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