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Cimeira Lusófona de Liderança: a liderança e-mocional imprescindível para a saúde e bem-estar nas organizações 

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Nos últimos anos, muito se tem discutido sobre a importância das lideranças nos governos, nas organizações e todas as estruturas existentes numa sociedade. Com o crescimento da economia digital, é imperativo que as organizações, estatais e privadas, apostem em líderes resilientes, motivadores e visionários. Mais importante ainda é o seu compromisso em fornecerem ferramentas que assegurem, não apenas o desenvolvimento profissional contínuo, mas acima de tudo um maior equilíbrio com as suas necessidades e aspirações pessoais. 

A 3ª Edição da Cimeira Lusófona de Liderança, organizada pela Chastre Consulting e que se realizou no mês de Novembro em Cabo Verde, com o tema, Liderança E-mocional – o grande impacto das emoções na Liderança de pessoas – serviu, não só para consolidar a importância da liderança na transição digital, como também para promover as boas práticas de liderança nas organizações lusófonas. 

Durante 5 dias, ao longo de 10 painéis e mais de 50 oradores, profissionais dos 6 países dos PALOP discutiram temas como a saúde e bem-estar nas organizações, pessoas e cultura organizacional, transição digital e formação e aprendizagem nas organizações, tópico sobre o qual incidiu a minha apresentação.

De uma forma geral, a lusofonia não está distante das tendências globais: a pandemia da COVID 19 mudou a forma de trabalhar e também a forma de olhar para a vida. Os colaboradores têm outros interesses, outras prioridades e a produtividade passou a ser olhada de outra forma também, com a maior parte dos colaboradores a querer optar por uma modalidade de híbrida daqui para a frente, mas a maior parte dos empregadores a considerar ainda que é no escritório onde as pessoas são mais produtivas, isto de acordo com um estudo da PWC América sobre o trabalho remoto em 2021. 

As empresas e os líderes têm feito um trabalho excecional para lerem os sinais e adaptarem a sua cultura organizacional ao novo normal. Mas na prática, a mudança de cultura organizacional para fazer essa ponte é bem mais complexa, já que os novos processos dependem de uma mudança de mentalidade, mais focada no engajamento relacional, com o escritório visto como um espaço de colaboração e não de execução de tarefas, em que a inteligência emocional e a capacidade de construir relações são cada vez mais valorizadas. A própria liderança, anteriormente encarada como uma “meta a alcançar” é hoje muito mais vista como uma atitude e um comportamento, que exige vulnerabilidade e coragem, independentemente da posição hierárquica. Daí a importância de se olhar para aspetos como a felicidade e o bem-estar dos colaboradores que, aparentemente não são mensuráveis, mas que na prática produzem resultados. De acordo com um estudo da Harvard Business Review de 2021*, a felicidade aumenta as vendas em 37%, a produtividade em 31%, a eficiência em 85% e a inovação em 300%!

Por outro lado, na era atual não se pode deixar de fora o papel dos meios de comunicação social, e em particular as redes sociais, quando se fala em liderança. Se por um lado os meios de comunicação social têm um papel extremamente positivo na disseminação de informação, na denúncia de más práticas ou na partilha de boas práticas, no revés da moeda “inundam” a audiência de informação, muitas vezes mal filtrada, ou mal-intencionada, com consequências muito nefastas para todas as partes envolvidas.

Outro dos aspetos tocados durante a cimeira foram os desafios da transição digital, muito mais presentes em países em desenvolvimento, em que a literacia tecnológica e o acesso à tecnologia são muito mais desiguais, mas igualmente importantes para manter o capital humano das organizações produtivo e adaptado às tendências globais. A competitividade e a inovação são o fator cada vez mais diferenciador de qualquer empresa e a inclusão digital acelera de forma estrondosa esse processo ou aumenta a diferença que existe. 

São diversos os desafios da liderança na era da transformação digital: ter conhecimentos sobre as novas tecnologias, ser adaptável às transformações, lidar com colaboradores das novas gerações, e gerir equipas distância e, não menos importante investir na infraestrutura tecnológica para poder comportar essas mudanças.

Deste modo, o mote geral foi o reforço na necessidade de continuar a investir no desenvolvimento contínuo de competências emocionais para gerir todos os processos de mudança e de transformação do trabalho, aproveitando todas as oportunidades trazidas com a Pandemia.

Na MultiChoice fazemo-lo investindo no desenvolvimento da juventude africana, não apenas internamente, mas sobretudo em iniciativas nas comunidades em que operamos que visam enriquecer vidas e formar futuros líderes. Projetos com a MultiChoice Talent Factory ou o Accelerator Program visam dotar os futuros líderes de conhecimento, networking e recursos para servirem de exemplo e inspiração para o continente.

O último dia da cimeira foi dedicado aos grandes líderes lusófonos e contou com a presença de sua excelência o presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves.

A MultiChoice partilha da visão a organização da Cimeira Lusófona sobre a importância de se focar na aprendizagem adaptada ao público-alvo e incorporada no ambiente organizacional de forma estimulante e prática, com o objetivo de desenvolver líderes motivadores, capazes de relações produtivas, líderes que apostam em conhecer melhor os seus colaboradores, e assim, concretizar com êxito, e de forma sustentada, os objetivos das organizações.

Por Marcus Valdez

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