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Cimeira China-África: expectativa recai para encontro com Xi Jinping
Esta semana ficará marcada com a 9ª Cimeira do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), entre a República Popular da China e os países africanos, em Beijing.
“Muitas delegações africanas já encontram-se na República Popular da China, para este fórum de negócios que, naturalmente, envolverá muitas expectativas, em virtude de vários assuntos que serão tratados, desde o clima, desde o comércio, desde a digitalização, as novas tecnologias, portanto, desde outros aspectos importantes, como infra-estruturas, economia, sectores abrangentes, como o militar”, disse esta segunda-feira, 02, no espaço “Visão Global”, o especialista Mário Gerson.
Angola se faz representar na cimeira, que decorre sob o tema, “Dar as mãos para avançar na modernização e construir uma Comunidade China-África de Alto Nível, com um futuro compartilhado”, pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, em nome do Chefe de Estado, João Lourenço.
“No quadro da cooperação da China com os países africanos é importante fazer menção que a China é o maior parceiro comercial do continente africano, de tal forma, que esta Cimeira do FOCAC, a 9ª, envolverá aqui muita expectativa. Serão dois dias, de 4 a 6 de Setembro, portanto, Xi Jinping receberá os líderes africanos”, garantiu Mário Gerson.
FOCAC-9
Vários chefes de Estado africanos já começaram a chegar à capital chinesa, Pequim, antes da cúpula do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) de 2024, que começa na quarta-feira.
Espera-se que este nono encontro forneça uma estrutura para navegar na parceria estratégica em evolução da China com o continente na era pós-covid.
A cimeira ocorre em um momento de crescente tensão geopolítica que verá Pequim priorizar sua posição em relação a outras potências mundiais.
Espera-se que o clima e a energia estejam entre os principais tópicos de negociação entre as partes interessadas chinesas e africanas
As discussões também se concentrarão na cooperação digital e tecnológica em uma tentativa de fechar a divisão digital da África.
Especialistas alertam, no entanto, que os países africanos devem usar a cúpula para promover uma cooperação sustentável e mutuamente benéfica.