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Cidadãos questionam existência de Área Vip no Hospital Central do Lubango

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O Hospital Central do Lubango” Dr.António Agostinho Neto, é a maior unidade sanitária pública da região sul  de Angola.

Há mais de uma década, as autoridades da província da Huíla através do Gabinte Províncial de Saúde, criaram no referido hospital uma área designada ” Área Vip” onde a consulta custa três mil Kwanzas e os valores de análises clínicas variam de acordo com o tipo de análises, que varia de 1000  a 15000  mil kwanzas.

Apesar de “Área Vip” existir acerca de uma década, os cidadãos continuam a questionar a sua existência.

Fernando Bambi é um dos cidadãos inconformados. Em entrevista ao Correio da Kianda, disse não haver necessidade para uma área Vip dentro de uma unidade hospitalar pública.

” Na verdade, até hoje, essa coisa[de área vip] não me entra bem;nParece-me mais uma clínica privada dentro de um hospital público que verdadeiramente  uma área vip”, disse.

Quem também se mostra insatisfeita é Madalena Fernanda. Para nossa interlocutora, essa realidade espelha bem a falta de compromisso das autoridades angolas e, em particular da província, com o bem estar do povo.

” Já fiz algumas vezes  consultas  na área vip e tenho constatado que o atendimento lá é melhor em relação ao todo do Hospital Central;Os mêdicos são mais atenciosos com os pacientes porque aí o que está em jogo é  o dinheiro, deduziu, para depois continuar ,”agora, pense naquele cidadão que não consegue pagar a consulta no vip, que tem que enfrentar as longas  filas das consultas externas'”, perguntou.

No final do primeiro semestre do ano passado, o Chefe de Estado, João Lourenço, visitou o referido Hospital, tendo percorrer várias áreas da unidade hospitalar. Naltura João Lourenço recebeu  informações sobre as principais preocupações que assolam a instituição, sendo as mais salientes, a falta constante de medicamentos e inoperância de vários equipamentos.

Entretanto, fica por se saber onde são canalizados  os valores dos serviços  cobrados na área vip.

A propósito a nossa reportagem tentou ouvir a direcção do hospital, mas sem sucesso.

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