Ligar-se a nós

Politica

Cidadãos protestam contra falhas constantes no fornecimento de energia eléctrica no Lubango

Publicado

em

As reclamações da população quanto ao fornecimento de energia eléctrica aumentam de tom, cada dia que passa, na província da Huíla. Há meses que o fornecimento de energia eléctrica na segunda província mais populosa do país, segundo o censo populacional de 2015, está sendo feito com bastante falhas e restrições.

As autoridades locais têm justificado a situação com a baixa capacidade de produção das duas centrais térmicas da província, sedeadas na cidade do Lubango, devido a avaria de alguns grupos geradores.

As falhas e restrições de energia eléctrica na província da Huíla têm criado diversos constrangimentos à população. Por esta razão, de algum tempo a esta parte, jovens activistas ligados à sociedade civil decidiram realizar manifestações períodicas com o objectivo de pressionar as autoridades a aumentarem a capacidade de produção de energia eléctrica e, por conseguinte, acabar com as falhas e restrições no fornecimento. A mais recente manifestação aconteceu no sábado, 12, na cidade do Lubango, capital da Huíla.

Dois dias antes da manifestação, curiosamente, ao nível da cidade do Lubango, não se registou falhas e restrições de energia. O que deixou surpreso os citadinos, já que há muito isso não acontecia.

O activista Manuel Gomes disse pensar que “o governo local, através da ENDE, decidiu fornecer energia para abafar a manifestação”.

Para o activista, a Huíla só terá energia sem falhas e restrições “quando estiver ligada à rede nacional, ou seja, quando receber energia de Laúca”.

Pedro foi um dos participantes da manifestação de sábado último, no Lubango. O jovem disse ao Correio da Kianda que as falhas e restrições no fornecimento de energia estão a criar inúmeras dificuldades à população.

“Por exemplo, nós últimos tempos, não se consegue conservar os alimentos na geleira por falta de luz”, lamentou.

Mensageiro Andrade é activista cívico. À semelhança de Manuel Gomes, esteve ligado a organização da manifestação. Lembra que o lema do MPLA, partido no poder em Angola, apresentado na última campanha eleitoral é “Corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”. O activista entende que, nesta conformidade, “o Presidente da República deve intervir para se ultrapassar o problema de energia eléctrica na província, como forma de corrigir o que está mal”.

Os jovens dizem que não vão desistir das manifestação enquanto a situação de energia não for resolvida.

Ainda não há data para próxima manifestação, mas a promessa é de que vão continuar a lutar até onde puder. “Vamos apenas deixar de se manifestar quando a província viver um ano com fornecimento regular de energia”, disse o activista Mensageiro Andrade.

O Correio da Kianda envidou esforços para ouvir a direção da ENDE na Huíla, mas não foi bem sucedida.

Radio Correio Kianda




© 2017 - 2022 Todos os direitos reservados a Correio Kianda. | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.
Ficha Técnica - Estatuto Editorial RGPD