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Sociedade

Cidadãos do interior do Cuando Cubango levantam suspeitas sobre as autarquias  

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Alguns cidadãos dos municípios do interior da província do Cuando Cubango estão a interpretar as autarquias como simbolismo do retorno à guerra em Angola.

Esse facto levou os líderes religiosos e organizações não governamentais a desencadear acções de sensibilização para esclarecer as questões relacionadas ao pacote legislativo autárquico.

De acordo com o pastor Ezequiel Pelembe da Igreja Evangélica de Angola naquela província, o objectivo da actividade é tornar abrangente o conceito de autarquia e esclarecer a população o real significado da palavra, que segundo disse, tem sido associada alguns como “sinónimo de confusão e de um possível retorno a guerra civil”.

Ezequiel Pelembi, apelou o envolvimento do Estado angolano, nas campanhas de divulgação do Pacote Legislativo Autárquico, abrindo uma linha de financiamento para potenciar às ONG nacionais.

O líder religioso fez essas declarações durante a missão de avaliação dos resultados do projecto da ADRA, designado “Esumbilo”, levado a cabo nos municípios de Menongue, Cuchi e Cuito Cuanavale, por uma equipa de consultores.

No Cuando Cubango, o projecto “Esumbilo” está a ser implementado pelas ONG MBAKITA, ABECC e AJUDSS, que beneficiaram de subvenção em cascatas de 4. 000 Euros equivalentes a 2 milhões e 600 mil kwanzas, para 3 anos.

Pascoal Baptistine, líder da ONG Mbakita, revelou que o valor foi aplicado na capacitação em 2021 de toda população em idade eleitoral, em acções de educação cívica e sublinha que foram formados 315 funcionários públicos sobre o orçamento municipal participativo no Âmbito do PIIM e envolveu pela primeira vez, 50 observadores nacionais nas eleições gerais de 24 de Agosto de 2022 em Angola.

O projecto Esumbilo é uma marca da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), que visa contribuir para o reforço da protecção e do Respeito pelos Direitos humanos, liberdades fundamentais e implementação das autarquias em Angola e particularmente os direitos dos jovens, das mulheres e das pessoas com deficiência nas províncias do Huambo, Benguela, Bié e Cuando Cubango.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.

Radio Correio Kianda

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