Sociedade
Cidadãos desrespeitam medidas de prevenção à covid-19
Mesmo com o aumento de casos positivos e o surgimento em alguns países das novas variantes do Sars-CoV-2, cidadãos na capital do país, Luanda, continuam a desrespeitar as medidas de prevenção à covid-19.
A equipa do Correio da Kianda realizou, neste fim-de-semana, uma ronda em alguns pontos da cidade de Luanda. Mesmo com orientação regular das autoridades, a maioria dos cidadãos não estavam a usar máscara facial e se usavam, estavam mal postas. Em alguns espaços públicos não observavam também o distanciamento social.
Nesta ronda foi possível constatar enchentes nos pontos de paragem de táxis e autocarros, no interior dos mesmos, em agências bancárias e nos mercados informais.
A nossa equipa ouviu alguns cidadãos que, segundo eles, desrespeitam as regras de prevenção contra a covid-19 e não fazem uso da máscara por não acreditarem na existência da pandemia.
A jovem Neusa, de 21 anos, residente no bairro da Madeira, na Maianga, afirmou que “a covid-19 não existe”, por isso não usa máscara.
Já em Cacuaco, falamos com Miguel Cacoma, que na altura subia num autocarro cheio. Disse que “se a covid-19 na realidade existisse, o nosso governo não devia permitir que as pessoas se apertassem nos autocarros públicos”, justificou.
João Armando, que estava na via pública, na Vila de Viana, responsabiliza o executivo, afirmando que o Estado é quem devia encontrar mecanismos para que as pessoas não fiquem aglomerados por mais de três horas num local de maior fluxo, como nas tangencias bancárias nas paragens de táxis e nos mercados.
Contudo, quem conviveu com o vírus bem de perto continua a alertar para que os cidadãos cumpram com as medidas de biossegurança: “eu peguei esta doença e não desejo o mesmo para ninguém. É real. Melhor continuar a se prevenir”, disse um cidadão, por telefone, ao Correio da Kianda.
