Cibersegurança: mundo perde USD 400 bilhões por ano em crimes informáticos

Todos os anos, as economias do mundo perdem mais de 400 bilhões de dólares americanos com os crimes informáticos que são perpetrados pelos hackers. A informação foi avançada recentemente, em Luanda, pelo especialista em cibersegurança, Filipe Quiteque, quando falava num workshop sobre segurança da informação e crimes informáticos, dirigidos a jornalistas.

De acordo com o analista de cibersegurança, a informação no ciberespaço movimenta actualmente, mais de três trilhões de dólares americanos anuais, naquilo a que chamou de economia da Internet.

Filipe começou a chamar atenção para a necessidade de olhar para a cibersegurança como um factor de eliminação dos riscos e ameaças que o espaço virtual acarreta.

Segundo o especialista, a segurança da informação abarca a protecção do espaço virtual, a computação forense, através do qual investiga e soluciona crimes digitais, bem como a criptografia, que é a protecção de informação.

Em termos comparativos, o especialista avançou que Marrocos é o país que mais investe na cibersegurança, a nível do continente africano, razão pela qual é também o que menos ataques cibernéticos regista. Angola consta da lista de países que menos investimentos faz para a cibersegurança, ao passo que o Sudão do Sul é único em África, que não faz qualquer investimentos em segurança da informação.

Centro Nacional de Cibersegurança

Para Filipe Quiteque, Angola precisa criar um plano estratégico de implementação de segurança eletrónica, com a criação do Centro Nacional de Cibersegurança, para fazer face aos desafios que o Angosat2 pode advir com o uso do primeiro satélite, por entender que a tecnologia poderá aumentar os níveis de ataques cibernéticos às instituições angolanas.

Outro desafio apontado pelo especialista, para o Governo angolano, passa por a criação de políticas de desenvolvimento na cibersegurança, de Estratégia Nacional de Cibergurança.