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Chuva faz paralisar Laúca
A infiltração ocorreu na sequência de uma chuva intensa, com um caudal de 22 milímetros (das 16h00 de domingo às 06h00 de segunda-feira), que rompeu pontos vulneráveis daquele ponto da barragem (ainda em construção) e afectou as unidades geradoras da central.
Com a invasão das águas da chuva, ficaram afectadas as unidades geradoras e foi activado o sistema de protecção para a preservação dos equipamentos e para manter a segurança dos técnicos que ainda trabalham no acabamento da obra. Segundo o director do Projecto Laúca, Elias Daniel Estêvão, a situação está controlada e já foi retomado o grupo 1 (o menos afectado), estando previsto para quarta-feira a recuperação total da unidade geradora número 2.
O responsável, que falava à imprensa no final de uma visita de constatação do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, à casa de máquinas, informou que, em função do sucedido, foram retirados do sistema 500 megawatts (MW) de energia.
Dessa forma, explicou o director, Luanda e a zona norte passaram a ser fornecidas por uma capacidade aproximada de 130 MW, que será aumentada gradualmente. “Com as duas máquinas, nós fornecemos à volta de 500 MW. Neste momento, entramos com a unidade geradora número dois e já estamos em volta de 130 MW. Prevemos atingir os 250 MW. Com a entrada da segunda unidade, estaremos a falar de 500 MW para o sistema”, tranquilizou o director da barragem que garante que o problema “não é grave”, sublinhando que a situação está controlada. “Tanto que já voltámos (a trabalhar) com a primeira unidade geradora e prevemos, até quarta-feira, ter a situação completamente restabelecida”, assegurou.
Elias Estêvão disse que a máquina número 2 só retomará quarta-feira porque há uma série de trabalhos que devem ser feitos, como a secagem de alguns equipamentos que tiveram infiltração de água e os testes.