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Chivukuvuku defende libertação dos deputados de partidos políticos com eleição directa

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O líder do PRA-JA defendeu esta sexta-feira, 17, durante um encontro com jornalistas e fazedores de opinião, que a revisão constitucional é necessária para se acabar com a concentração de poderes num só órgão “titular do poder Executivo” presidencialismo hiperbólico.

Abel Chivukuvuku, advogou também repensar a estrutura do poder legislativo, para evoluir ao modelo de eleição dos círculos uninominais directos, em que o cidadão elege o indivíduo, por entender que o actual modelo proporcional por listas partidárias mistas, faz com que os deputados sejam prisioneiros dos partidos, quando alguém não se comporta bem com o líder, não poderá figurar na próxima lista.

O líder do partido de “azul e branco” disse que nas circunstâncias presentes, a revisão constitucional teria que ir ao encontro dos interesses do MPLA, por ter a bancada com a maioria, mas alegou falta de sentimento patriótico, e questionou se os camaradas têm projecto de sociedade ou projecto de poder.

O político aproveitou a ocasião para esclarecer os motivos da suspensão de mandatos dos sete deputados, na Assembleia Nacional. Disse que a decisão decorre do imperativo legal, os mesmos motivos não permitiram Justino Pinto de Andrade ser deputado e Presidente do BD.

Chivukuvuku disse que esteve no parlamento por uma questão de disciplina, em obediência a voz do líder da UNITA, mas, lembrou que no seu ponto de vista pessoal já foi eleito deputado e não esteve lá, em 2012, foi eleito deputado e saiu, negou estar no parlamento, em 2018 foi igualmente eleito deputado e nem foi lá.

Questionado sobre a fórmula do PRA-JA ser ou fazer parte do governo em 2027, Abel Chivukuvuku, esclareceu os propósitos da criação do PRA-JA, e da FPU que deu resultados em 2022, que a própria UNITA nunca teve, como uma das evidências desta afirmação.

Já, o líder da UNITA, disse que, os aspectos políticos e jurídicos de Moçambique são distintos com a realidade angolana de há 40 anos. Adalberto Costa Júnior, disse que “o MPLA criou um golpe constitucional de forma intencional”.

O político disse que aquele país do Índico, realiza as eleições autárquicas há quase 40 anos, e o Presidente da República é eleito de forma directa, ao contrário de Angola. Adalberto Costa Júnior, disse também que o governo angolano rejeita a observação internacional nos pleitos eleitorais, exceptos aqueles países que alega estarem sob seu controlo.

Os líderes do PRA-JA, e da UNITA, Abel Epalanga Chivukuvuku e Adalberto Costa Júnior, fizeram estas afirmações nesta sexta-feira durante um encontro com profissionais de comunicação social e fazedores de opinião, em Luanda.

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