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China pode tornar-se no maior produtor de chips do mundo

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A titularidade de maior produtor de semicondutores do globo (chips usados na fabricação de armas, computadores e electrodomésticos) pertence actualmente a Taiwan, a ilha chinesa que Xi Jinping deseja recuperar até antes de 2030. Uma ambição que os EUA já deixaram claro que não deverão tolerar, sobretudo durante o consulado de Joe Biden.

Entretanto, mesmo sem reunificar a ilha à sua geografia reconhecida internacionalmente, a China pode vir a ultrapassar a Coreia do Sul, actual segundo maior produtor de chips do mundo, e a seguir a ilha de Taiwan, de acordo com analistas de mercado do Yole Group.

Os referidos analistas financeiros justificam essa observação futurística com o massivo investimento que o governo chinês tem realizado no mercado de semicondutores.

Dados consultados indicam que o gigante asiático tem aumentado rapidamente a sua capacidade de produzir não apenas chips maduros, que são usados em dispositivos mais acessíveis, mas também chips avançados.

“Se seguir neste ritmo, a China deve saltar do actual terceiro lugar para assumir a liderança em meados de 2030”, referem os analistas.

Vale referir que, nos dias de hoje, quem controla inequivocamente a produção de semicondutores, componentes do futuro para a economia e poder militar, acaba por ter supremacia sobre os adversários, e é por isso que a China procura acelerar a sua produção, sem contudo esquecer o seu objectivo de reunificar a ilha de Taiwan ao país.

Se Pequim tomar Taipé, pode rapidamente tornar-se na maior potência económica do mundo, e quiçá militar. E é por isso mesmo que os Estados Unidos da América (EUA) já avisaram que não permitirão que esse objectivo chinês vem a ser concretizado.

Por exemplo, em Maio de 2022, quatro meses após a Rússia ter invadido a Ucrânia, o então presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, avisou Xi Jinping para que não seguisse o caminho de Vladimir Putin, invadindo Taiwan, tendo sublinhado que o seu país estava comprometido a agir militarmente contra a China, caso Pequim atacasse Taipé.

“Nós concordamos com a política de Uma China. Aderimos a ela, e todos os acordos resultantes feitos a partir daí, mas a ideia de que Taiwan pode ser tomada à força, é (simplesmente não) apropriada”, reiterara Joe Biden, em visita ao Japão.

Na ocasião, Xi Jinping não se manteve em silêncio, e retorquiu advertindo o seu então homólogo norte-americano, de que a intromissão estrangeira na questão de Taiwan era uma “linha vermelha”.

“Qualquer pessoa que procure separar Taiwan da China estará a violar os interesses fundamentais da China e o povo chinês nunca o permitirá. Esperamos ver paz e estabilidade no Estreito de Taiwan, mas a paz e a ‘independência’ de Taiwan são irreconciliáveis”, avisara.

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