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China opõe-se a escalada de tensão no Médio Oriente
A China opôs-se hoje a qualquer escalada das tensões no Médio Oriente, afirmando querer desempenhar “um papel construtivo”, na sequência das explosões no Irão que a imprensa norte-americana atribuiu a ataques lançados por Israel.
Segundo a imprensa norte-americana, altos funcionários dos Estados Unidos indicaram que Israel iria atacar o Irão como retaliação pelos ataques sem precedentes com veículos aéreos não tripulados e mísseis contra Israel no passado fim-de-semana.
A agência noticiosa iraniana Tasnim, citando “fontes bem informadas”, afirmou que “não há informações sobre um ataque estrangeiro”, depois de terem sido ouvidas explosões no país.
Israel tinha avisado que iria retaliar depois de o Irão ter disparado centenas de mísseis e ‘drones’ contra o seu arqui-inimigo durante o fim-de-semana. A maior parte deles foi interceptada.
Os ataques seguiram-se a um atentado contra um anexo consular iraniano em Damasco, no início de abril atribuído a Israel. Sete membros dos Guardas da Revolução, o exército ideológico do Irão, foram mortos nos ataques.
Embora a China tenha tradicionalmente apoiado a causa palestiniana, mantém boas relações com Israel e reforçou os seus laços com o Irão nos últimos anos.
Os Estados Unidos pediram publicamente em várias ocasiões à China que utilizasse a sua influência sobre Teerão para gerir as tensões na região, atualmente exacerbadas pelo conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.