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China lembra Mugabe como líder “excecional”
A China classificou hoje Robert Mugabe como um líder “excecional”, que “defendeu a soberania” do seu país, após o anúncio da morte do ex-Presidente do Zimbabué, do qual Pequim era um dos poucos aliados internacionais.
“Durante a sua vida, [Mugabe] defendeu firmemente a soberania do seu país, opôs-se à interferência estrangeira e promoveu ativamente a amizade e a cooperação entre a China e o Zimbabué e a China e África“, afirmou Geng Shuang, o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
Geng elogiou Mugabe como “um líder político e um líder excecional do movimento de libertação nacional”.
Robert Mugabe morreu hoje, aos 95 anos, num hospital de Singapura, de acordo com o governo da África do Sul.
Quando se retirou, em novembro de 2017, após 37 anos de domínio incontestado, a China garantiu que continuava a ser “um bom amigo do povo chinês”.
Enquanto ocupou o poder, Robert Mugabe contou com o apoio económico e político de Pequim.
Em 2015, o Presidente chinês, Xi Jinping, foi um dos raros chefes de Estado a fazer uma visita oficial ao país, enquanto os líderes ocidentais acusavam as autoridades de Harare de violação dos direitos humanos.
Quando Robert Mugabe visitou Pequim, em 2014, Xi recebeu-o como um “velho amigo” do povo chinês.