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China espera que conferência de paz “não se torne uma plataforma para criar confronto”
O governo chinês nega ter pressionado alguns países para não participarem na cimeira de paz na Ucrânia.
A China respondia os comentários do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, proferidos no fim-de-semana no fórum de segurança em Singapura, onde acusa a China de trabalhar para impedir países de participarem na Cimeira de Paz na Ucrânia, marcada para Junho na Suíça.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning, disse que a posição da China é aberta e transparente e, em nenhum caso, “exercemos pressão sobre outros países”.
Mao Ning disse, por outro lado, que a China espera sinceramente que esta conferência de paz não se torne uma plataforma para criar confronto entre campos.
“Deixar de participar na conferência não significa que rejeitemos a paz E mesmo que alguns países decidam participar na conferência, isso não significa necessariamente que estejam a esperar um cessar-fogo e o fim dos combates. O mais importante é uma ação concreta”, declarou o porta-voz chinês.
Lembrar que dois dias antes, Pequim tinha dito que seria difícil participar nesta cimeira se a Rússia não fosse convidada, declaração aprovada por Moscovo.
A China afirma ser neutra nesse conflito, mas nunca condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de Fevereiro de 2022 e recebeu várias vezes o Presidente russo, Vladimir Putin, no seu território desde o início da guerra.
Mais de uma centena de países e organizações comprometeram-se a participar na cimeira, de acordo com Zelensky, que instou os países da região Ásia-Pacífico a aderirem.