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China condena à morte traficante que vendeu o próprio filho

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A China confirmou este sábado, 26, a pena de morte para uma cidadã que foi acusada de tráfico de criança, em que a vítima é o próprio filho, que terá vendido, em 1992.

A informação foi veiculada em comunicado, pela embaixada de Angola, na República Popular da China, dando conta de que Yu Huaying foi condenada à morte, por tráfico de crianças, voltando a sublinhar a gravidade e o impacto social negativo dos crimes, pelo Tribunal Popular Intermédio de Guiyang.

O tribunal manteve a sentença inicial, que inclui ainda a revogação dos direitos políticos para toda a vida e a confiscação de todos os bens pessoais, num julgamento que captou a atenção dos internautas chineses.

Yu, de 61 anos, anunciou a intenção de recorrer após a audiência, informou a televisão estatal chinesa CCTV.

A condenada raptou menores no sudoeste da China e vendeu-os na cidade de Handan (província de Hebei, norte), em colaboração com um cúmplice de apelido Gong, já falecido, e dois outros intermediários, julgados separadamente.

Em 1992, Yu vendeu um filho nascido de um caso extraconjugal com Gong, com quem posteriormente raptou e vendeu crianças, na maioria de famílias pobres.

O caso de Yu começou em 2004, quando foi detida em Yunnan, quando estava a cometer um crime sob a falsa identidade de Zhang Yun. Foi condenada a oito anos de prisão, embora a pena tenha sido reduzida para três anos, e foi libertada em 2009.

Em 2022, a queixa de Yang Niuhua, vítima de tráfico em criança, reactivou o processo judicial, depois de ter localizado a irmã biológica e de ter fornecido informações que levaram à captura de Yu.

O primeiro julgamento, realizado em 18 de setembro de 2023, impôs a pena de morte, mas o Tribunal Popular Superior de Guizhou reviu o caso a 08 de janeiro, observando que alguns crimes adicionais não tinham sido considerados.

Foi realizado um novo julgamento, a 11 de Outubro, tendo a acusação reiterado a recomendação da pena máxima.

Tecnologias como o ADN e o reconhecimento facial ajudaram nos últimos anos a resolver casos antigos. Entre 2010 e 2019, foram registados 112.703 casos de tráfico de mulheres e menores, de acordo com dados oficiais.

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