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Chapo quer governo reduzido na mesa do seu mandato

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“Ouvimos as vossas vozes antes e durante as manifestações e continuaremos a ouvir”.

Estas foram as primeiras palavras ditas durante o acto de empoçamento do novo presidente de Moçambique, eleito nas eleições de Outubro. O discurso do titular da pasta presidencial e líder do partido da Frelimo, foi feito no espírito e esperança de “mudar Moçambique com a força de todos”.

O novo estadista moçambicano Daniel Chapo disse, igualmente, que os casos de raptos apresentam contornos alarmantes tirando a paz no seio das famílias e que muitas vezes com a cumplicidade de quem iria os proteger, Chapo, falou de um trabalho conjuntural para garantir a segurança para todos moçambicanos.

Quanto à justiça, a lentidão nos processos judiciais, a insatisfação dos magistrados e as ameaças que enfrentam e comprometem a qualidade e resolução no sistema judicial, garantiu trabalhar com vista a mudar o cenário “tendo os tribunais ao serviço do povo, com independência e eficiência”.

Para o sector da saúde, considerou ser precária as condições de trabalho, por isso, pretende restruturar o sistema de saúde, aposta e investimento aos profissionais deste sector para que ofereçam trabalhos condignos a população.

A educação será o sector prioritário por considerar existir pouca valorização dos professores: “educação será uma prioridade e que os professores serão valorizados como merecem,” assegurou.

“Há no estado moçambicano o uso abusivo de bens públicos, existência de funcionários fantasmas que sugam os recursos do povo, simulação de concursos com vista a favorecer amigos, estes contribuem no aumento da corrupção” que foi considerada pelo presidente como uma “doença” que corrói o tecido do estado de Moçambique, tendo reafirmado o compromisso para acabar com estas práticas.

“Não há lugar neste governo. Lutaremos até as últimas consequências para defender os interesses do povo moçambicano em todos os sectores,” disse.

Daniel, garantiu abrir margens para o empreendedorismo com foco “na aposta dos jovens que procuram uma oportunidade de emprego desesperadamente, simplificar, promover o sector privado e abrir portas para o crescimento econômico para a juventude, dar aos jovens o direito a habitação, formação técnico profissional, financiamento para empreendedorismo”.

As famílias que vivem em zonas rurais mereceram também um olhar especial durante o discurso da tomada de posse. “O acesso aos produtos da cesta básica estão fora do alcance de muitas famílias”, disse. Para a inversão deste quadro há na sua carteira de governação políticas que visam proteger as famílias vulneráveis para evitar que vivam na pobreza.

Os gestores públicos foram convidados a estarem à disposição do povo, ouvir e resolver os problemas que afligem a todos.

“Quem ocupar um cargo público terá de estar disponível para ouvir, servir e responder às preocupações do povo. Estamos aqui para servir e não nos servir”, declarou

Não farão parte da mesa de governação de Chapo, os gestores de projectos que desperdiçam recursos e comprometem o futuro país, quem falhar na boa governação será responsabilizado e terá a punição severa.

“Não teremos contemplações, nem mãos a medir”, vincou.

Chapo, quer um governo eficaz. Para efectivação desta empreitada, pretende reduzir o tamanho de governo, começando pelos ministérios, ministros, eliminando figura de Vice-Ministro e também a eliminação de Secretarias de Estado equiparados aos ministérios.

“Esse exercício significará uma economia em cerca de 17 mil milhões de meticais por ano. Este valor será alocado para sectores importantes como educação, saúde, agricultura, água, estradas e
energia para a melhoria da vida do povo. Um governo menor, mas muito mais ágil e eficiente”, assegurou.

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