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Cerca de um milhão de crianças curadas da desnutrição severa em Luanda

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O Programa de Saúde Infantil da província de Luanda tratou e curou, de Novembro de 2020 a Novembro de 2021, quase 1 milhão de crianças que padeciam de desnutrição moderada e severa. Além de distribuição de suplementos alimentares, as autoridades sanitárias da capital do país realizaram acções de formação que, entretanto, contou com apoio do governo provincial, do Programa Alimentar Mundial (PAM), do UNICEF, OMS e da World Vision.

Os resultados do programa foram, recentemente, apresentados em uma cerimónia que decorreu no município de Talatona, em Luanda. Os trabalhos de rastreio e tratamento de nutrição infantil, que decorreu de Fevereiro a Setembro do corrente ano, nos municípios de Cacuaco, Viana, Kilamba Kiaxi, Talatona e Cazenga.

A situação de Estado de Emergência em que o país se encontrava por conta da pandemia da covid-19, fez com que provocasse algumas situações de desnutrição, principalmente em crianças, por causa da crise económica agravada pelo durante o estado de emergência.

Segundo a coordenadora do Programa de Saúde Infantil da Província de Luanda, Ana Isabel, o objectivo foi ajudar o governo a dar resposta nutricional os efeitos da covid-19, “de forma a melhorar a cobertura dos serviços do rastreio, a depressão precoce e encaminhamento e tratamento da desnutrição moderada e desnutrição severa”.

Ana Isabel disse ainda que o grupo algo desse programa foram as crianças dos seis aos 59 meses de idade, de um total de 27 bairros dos cinco municípios selecionados.

O programa, de acordo com aquela responsável incluiu a distribuição de suprimentos alimentares nas unidades sanitárias das comunidades, que por sua vez os distribuíram para o tratamento da desnutrição das crianças.

Explicou ainda que o acto da entrega era precedido de uma palestra sobre o uso correcto dos suprimentos para o tratamento das crianças acometidas pela desnutrição.
Coorenadora do programa de saúde infantil da provincia de Luanda acrescentou ainda que o rastreio durou sete meses, de fevereiro a setembro de 2021, durante o qual contabilizaram 1 milhão e 18 crianças em situação de desnutrição moderada e severa. Deste número, 84% foram curadas.

Para a sua descoberta, a coordenadora explicou que os técnicos e agentes sanitários percorreram os bairros, em campanha de porta-a-porta para identificar as crianças com problemas de desnutrição.

Entre as causas dos acentuados casos de desnutrição em Luanda, apontou a Covid-19 e a pobreza que as famílias vivem e relacionou com as zonas abrangidas pelo programa com o facto de terem sido os primeiros a nível do país a detectar casos positivos de Covid-19.

“Além da questão da pobreza, nós tivemos a questão da covid, e estes foram os primeiros municípios a detectar casos de covid na província de Luanda e após a esta situação, sabemos que as famílias tiveram um défice económico, porque as nossas famílias ainda têm uma baixa cultura dos alimentos locais”, disse.

Presenciaram a cerimónia de apresentação, a Chefe de saúde pública do Gabinete provincial de Saúde de Luanda, Catarina Batalha, que presidiu ao acto em representação do Director do Gabinete provincial da Saúde de Luanda, Manuel Duarte Varela, do doutor Elísio Muxindo, em representação do vice Governadora Provincial de Luanda, os chefes dos escritórios da OMS, UNICEF e do PAM em Angola, bem como do administadores de Talatona e dos delegados municipais da saúde de Viana, Cacuaco, Talatona, Cazenga e Kilamba Kiaxi.

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