Politica
Centrais sindicais apelam “sacrifício dos descontos em defesa do salário digno”
As centrais sindicais denunciaram esta quinta-feira ameaças por parte da entidade empregadora, apesar da boa-fé manifestada e comprometimento, mas lamentam o facto de estarem a sofrer coacção.
Teixeira Cândido, que falava em conferência de imprensa, apelou aos trabalhadores “unidade e consentir sacrifício das faltas e desconto salarial, para acabar com o sacrifico de todos os dias e, meses que os pais não conseguem com o salário dar aos filhos uma merenda escolar”.
As centrais sindicais dizem que as chantagens dos descontos salariais e das faltas, “não vão fazer recuar a sua luta”, por isso, reiteram que até dia 22 de Abril, se o executivo não honrar com a exigência vão convocar a segunda fase da greve, que contará com adesão dos profissionais da comunicação social.
Por seu turno, o presidente do Sindicato dos Médicos de Angola, Adriano Manuel, disse que “o governo coloca o povo numa indigência que pode levar muitos angolanos a ter morte silenciosa, em consequência da pobreza extrema”, pelo que pediu unidade de todos cidadãos.
Entretanto, António Stote, do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, reitera disponibilidade do Governo para continuar a negociar.
A primeira fase da greve, decorreu de 20 a 22 de Março, mantendo, em obediência à Lei, o funcionamento dos serviços mínimos.
Caso o governo não atenda às exigências da classe trabalhadora, a greve deverá entrar na segunda fase, de 22 a 30 de Abril próximo. A terceira fase da grave, de acordo com o cronograma, está agendada para o período que vai de 3 a 14 de Junho do corrente ano.