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Sociedade

Centenas de residências em Viana podem ser engolidas pelas ravinas

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Centenas de moradias construídas nas imediações das ravinas dos bairros Capalanga, Caop B, Boa Fé e Mulenvos de Cima, no município de Viana, correm o risco de desabar nos próximos dias, em função das chuvas intensas que a capital angolana regista e que provoca o alargamento das mesmas.

Pelo perigo que a situação representa, dezenas de habitantes da zona da Caop B viram-se forçadas a abandonar as suas residências e procurar abrigo em zonas mais seguras ou em casa de familiares.

Segundo o presidente da comissão de moradores da Caop B, Mário Ferraz, em declarações à imprensa nesta quinta-feira, sempre que as chuvas caem as ravinas alargam e provoca o desalojamento de muitas famílias.

“Só aqui já fizemos o levantamento de cerca de 600 pessoas que vivem ao longo dessa ravina e que correm sérios riscos”, referiu.

Para o administrador do distrito Urbano da Estalagem, Eduardo João, é necessário que se tomem medidas preventivas nessas zonas de risco, de modo a se prevenir a perda de vidas humanas e de outros bens das famílias.

A situação dos avanços das ravinas é do conhecimento da administração municipal de Viana e, segundo o seu responsável pela área técnica, Fernando Binje, já foi solicitado o apoio do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA) para se estancar a sua progressão.

O administrador adjunto de Viana disse que continuam a assistir ao alargamento das ravinas anteriores e a abertura de novas, pelo que solicitaram ao INEA a possibilidade de trabalhar com algumas empresas para se fazer uma intervenção de fundo.

“Esse trabalho vai permitir estancar as ravinas já existentes e procurar formas de prevenir o surgimento de outras”, adiantou.

Por outro lado, Fernando Binje adiantou que as chuvas da última quarta-feira provocaram a nível do município de Viana mais de três mil residências inundadas, 45 desabadas e uma morte de um menor de três anos de idade, no bairro Caop B, que residia numa casa construída numa linha de água.

As zonas mais críticas são os quilómetros 9 A, 12 A, 14 A, Mulenvos de Cima, Boa Fé e Vila Nova.

Na mesma senda, informou que as bacias de retenção transbordaram, designadamente as do Capalanga, do Taki, interior da comarca de Viana, dentre outras. A bacia do Coelho não registou qualquer problema, fruto das obras de que beneficiou.

O município de Viana é um dos mais populosos do país com cerca de dois milhões de habitantes.

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