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Cemitério do Moxico: criminosos profanam cadáveres “em troca de bens materiais”

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Nos últimos dias, o cemitério municipal do Moxico tem estado a ser alvo de várias práticas de vandalismo, com destaque para rituais de feitiçaria, onde mulheres, no calar da noite, têm recorrido àquele lugar à “procura” de marido, dinheiro e emprego, alegadamente a mando de “quimbandeiros”, segundo relataram, na manhã desta quarta-feira, 14,  citadinos do referido município, ao Correio da Kianda.

A denúncia surge depois de na madrugada desta quarta-feira, um grupo de cidadãos desconhecidos, ter realizado a remoção de uma cadáver enterrado num dia anterior, por razões até agora, segundo as autoridades locais, desconhecidas.

Trata-se de um menor de um ano, que em vida atendia pelo nome de Pedro Zango, sepultado no dia 12 de Outubro do corrente ano, e removido na madrugada de ontem.

Avançam os moradores junto do cemitério que a entrada de jovens, sobretudo mulheres, no calar da noite, tem sido um facto, que quase todos os dias se regista.

“Das zero até às 4 horas, esses dias, para nós que vivemos aqui ao lado do cemitério, quase que não temos apanhado sono, porque as moças que entram no cemitério, ficam ali dentro a cantar, a gritar, e isso nos pertuba”, relatou ao Correio da Kianda, Paulina Candimba, moradora junto do cemitério municipal do Moxico.

Um outro morador, contactado por este jornal, foi Ezequiel Cauina que explica que as entradas constantes que se têm estado a verificar nos últimos dias, no referido cemitério, têm estado a ser associadas com uma suposta recomendação de “quimbandeiros”.

“As mulheres aqui no Moxico, sobretudo jovens, têm estado a recorrer aos quimbandeiros para procurar marido que lhes assume, porque aqui muitas jovens não são assumidas pelos maridos, e esses quimbandeiros mandam elas irem passar a noite nos cemitérios para depois trazerem de lá cruzes para tratamento”, fez saber.




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