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Celebração e óbito criam clima “agridoce” na capital angolana

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A capital de Angola, Luanda, vive hoje, 22, um clima agridoce, segundo contam os citadinos ouvidos pelo Correio da Kianda. Em causa está o enterro do ícone do kuduro, Gelson Caio Manuel Mendes “Nagrelha” e a chegada da selecção sénior feminina de andebol ao país, depois de conquistar o 15º titulo continental.

O funcionário público André Sebastião disse ao Correio da Kianda que o 22 de Novembro ficará registado para sempre na memória de todos luandenses e não só.

“Estamos tristes porque enterramos hoje o Nagrelha e, por outro lado, contentes pois que vamos receber as nossas campeãs africanas. Não deveria ser assim, mas enfim, nunca esqueceremos o 22 de Novembro de 2022”, lamentou.

Nelson Katambi, motoqueiro da parada do Jardim do Éden, no Camama, e amante do estilo kuduro, lembra Nagrelha como um inspirador de vida e chegou mesmo a afirmar ser o seu maior ídolo.

“Hoje saímos a rua porque temos fome e família para sustentar, se não ficaríamos em casa a recordar e reflectir o nosso inspirador. Morreu o meu maior ídolo e vou recordar Nagrelha sempre“, disse em lágrimas.

Lembrar que Nagrelha foi hoje a enterrar no cemitério de Santana e as pérolas chegaram ao país ao meio dia.

Há 5 anos, a 9 de Setembro de 2017, o Correio da Kianda publicou que Nagrelha protagonizou a maior enchente vista na Praça da Independência com a venda da sua primeira obra a solo intitulada “Arquitecto da Paz”, em homenagem ao ex-presidente da república José Eduardo dos Santos.




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