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Catorze dos quinze membros do Conselho de Segurança da ONU apelam a cessar-fogo em Gaza

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Numa declaração conjunta divulgada esta quarta-feira, 27, os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com excepção dos Estados Unidos da América, apelaram a um cessar-fogo imediato “incondicional e permanente” na Faixa de Gaza.

No documento, países como China, França e Reino Unido reivindicaram ainda a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos; o aumento substancial de ajuda em Gaza e a suspensão imediata e incondicional de Israel todas as restrições à entrega de ajuda.

O CSONU apontou também que o “uso da fome como arma de guerra é proibido pelo direito internacional”.

Recordar que o IPC, a maior autoridade em segurança alimentar ligada à Organização das Nações Unidas, declarou, na semana finda, que parte da Faixa de Gaza sofre de fome – classificação mais severa possível de insegurança alimentar.

“A situação indica que há falta extrema de alimentos no território, desnutrição aguda grave em pelo menos 30% das crianças e mortalidade elevada de causas não violentas”, relatou o órgão.

De acordo com a ONU, mais de mil pessoas foram mortas tentando conseguir alimentos, desde o passado mês de Maio, quando o Governo israelita mudou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.

A guerra na Faixa de Gaza começou em 07 Outubro de 2023, após o Hamas lançar um ataque terrorista contra Israel. Segundo dados, combatentes do grupo palestiniano mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.

A reposta de Israel seguiu-se com uma grande ofensiva que incluiu bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas, em combates que resultaram na devastação do território palestiniano e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).

De acordo com as autoridades de saúde de Gaza, mais de 60 mil palestinianos morreram na campanha militar de Israel.

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