Politica
Casos mediáticos em 2025 testaram independência judicial, diz especialista
De acordo com o especialista em ciência política, Eurico Gonçalves, este ano judicial tem uma relevância que merece ser referenciado pelo facto de a justiça procurar mostrar que a norma quando interiorizada como referência comum, constrói confiança e reduz a arbitrariedade.
Com esta máxima, Eurico Gonçalves, apontou os processos contra os antigos homens de confiança de José Eduardo dos Santos, os generais conhecidos por Kopelipa e Dino, que apesar da absolvição de um dos acusados, serviu como sinais de que figuras de alto escalão não estão acima da lei.
“O julgamento de casos mediáticos, bem como a instauração de processos em curso, como a da empresária Isabel dos Santos e do general Higino Carneiro, bem como os processos dos envolvidos dos actos de vandalismo e pilhagem de Julho deste ano, testaram a independência judicial, onde a justiça não cedeu a pressão política, nem a opinião pública imediata”, sublinhou.
Para Eurico Gonçalves, o balanço do ano judicial de 2025, não pode ser reduzido a estáticas ou a contagem de acórdãos. O especialista disse que este ano judicial ficou marcado como um momento de afirmação do papel judicial no equilíbrio do Estado angolano.
As declarações do especialista foram feitas aquando do programa especial informação, emitido na manhã desta segunda-feira, 22, nesta emissora, sob tema: balanço do ano judicial 2025. Desafios e perspectivas para 2026.