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Caso “Dino” e “Kopelipa”: Tribunal Supremo dispensa audição ao antigo director da Delta

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O Tribunal Supremo desistiu de querer ouvir o antigo director-geral da Delta Imobiliária, Paulo Cascão que considerava ser uma peça fundamental para a descoberta da verdade, no julgamento dos antigos homens de confiança do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, os generais Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”.

Com esta desistência dos órgãos judiciais, o Tribunal Supremo colocou assim um ponto final à fase de produção de prova.

Até ao momento não foram reveladas pelo Tribunal Supremo às razões que levaram as autoridades a dispensar a audição ao antigo director-geral da Delta Imobiliária, empresas que de acordo com a acusação, participou num esquema de contrato de reembolso, que terá permitido um desfalque de vários milhões de dólares ao Estado angolano, por via da Sonangol, liderada à data dos factos pelo antigo-vice-presidente da República, Manuel Vicente.

A sessão de julgamento a fim de apreciar as alegações orais da acusação e da defesa dos sete arguidos, que para além dos dois generais, estão também arrolados, Fernando Gomes dos Santos, o empresário chinês Yiu Haiming, e as empresas Plansmart International Limited e Utter Rigth International Limited, ficou agendada para o próximo dia 6 do mês de Outubro, de acordo com informações apuradas pela Rádio Correio da Kianda.

Sobre o assunto, o politólogo João Mateus afirmou que independentemente da sentença, o tratamento do caso em julgamento propriamente dito é um factor que reforça a imagem da justiça em Angola e aumenta a confiança nas instituições.

Por outro lado, o especialista intende que o tratamento do caso Dino e Kopelipa deveria ter em análise diversos outros aspectos envolvidos, atendendo a atipicidade dos factos.

Por seu turno, o jurista Fernando Kawewe disse que o desenrolar deste processo remete a questionamentos da maioria da população, pelo facto de se ter constatado interrupções por motivos que descredibilizaram a seriedade do curso do julgamento.

O especialista mostra-se céptico quanto a um desfecho justo do mediático caso dos generais.

Os arguidos são acusados da prática dos crimes de peculato, burla por defraudação falsificação de documentos, associação criminosa e abuso de poder.

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