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CASA-CE em Benguela recorre à Polícia para recuperar meios em posse dos independentes

O antigo secretário provincial da CASA-CE, Francisco Viena, havia dito,no acto do abandono do cargo, que tinha devolvido à coligação tudo que estava em sua posse

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O novo secretário provincial executivo da CASA- CE, Zeferino Cuvíngua, disse a O PAÍS que a sua direcção já accionou o Comando Provincial da Polícia Nacional para ajudar na recuperação dos meios que diz ser pertença da coligação e que, até ao momento, se encontram em posse do antigo dirigente, Francisco Viena. O antigo secretário tem a devolver à CASA-CE três viaturas que se encontram ainda em sua posse, segundo o seu sucessor na província de Benguela, Zeferino Cuvíngua.

Além destes meios, contra Francisco Viena pendem ainda acusações de não ter honrado os compromissos contratuais de arrendamento de residências onde funcionam os secretariados municipais do Lobito, Ganda e Chongoroi, que resultou em nove meses de atraso de pagamento. Contrariando a posição da nossa fonte, o antigo secretário da CASA- CE afirmou em conferência de imprensa, quando anunciava a sua retirada da coligação, que a direcção central apenas disponibilizava, trimestralmente, 800 mil kwanzas para uma província com vários desafios como a de Benguela.

Francisco Viena, que prometeu se dedicar à vida empresarial, revelara que parte do mobiliário de que a CASA-CE dispunha era dele. Quanto às viaturas, dizia que eram oferta do antigo vice-presidente da CASA-CE, o jornalista William Tonet, devolvê-las-ia tão logo fosse possível. “Uma (viatura) anda comigo e a outra com o secretário para propaganda. É tudo oferta de um grande amigo, Wiliam Tonet. Este mobiliário aqui é nosso enquanto advogados”, disse na conferência de imprensa. Acrescentou que “ recebíamos 800 mil kwanzas de três em três meses para fazer política’’, disse, na altura, Francisco Viena.

Os meios são da coligação, diz o novo dirigente

Zeferino Cuvíngua, por seu turno, adverte que a oferta não era pessoal, mas sim institucional. “Quem comprou os carros foi a CASA-CE, não são as individualidades. E até o argumento que coloca de que ele teve promessas e alguns presidentes de partidos não lhe pagaram, é preciso saber que o património que ele está a reter não é dos presidentes”, alerta o actual secretário. Zeferino Cuvíngua confirma que, neste momento, decorre o processo de despejo dos secretariados municipais por alegadas dívidas contraídas pela anterior gestão da CASA-CE. Para além da desactivação das sedes municipais, Cuvíngua diz ter encontrado também um passivo, em termos de pagamento de salários aos funcionários, na ordem dos nove meses em atraso.

“Será que o dinheiro que recebia trimestralmente não chegava para pagar água? Se nós criticamos os dirigentes do MPLA nas condições em que gerem o país, nós temos de dar o exemplo”, desabafou. No termo de uma visita à província de Benguela, o novo secretário nacional executivo, Rafael Aguiar, disse que os antigos membros não devem estar ligados a práticas que a sua organização criticou ao longo de vários anos. “Hoje, isto não pode ser lícito, onde houver resistência estará a Polícia. Temos dois carros com o companheiro Viena, que também levou consigo cadeiras, secretárias, tapetes, armários e documentos”, denúncia Aguiar. “Se o senhor jornalistas vir o meu escritório, estou sem nada”, reclama Zeferino Cuvíngua, em declarações a este jornal. Entretanto, esforços envidados por O PAÍS para ouvir Francisco Viena foram infrutíferos.

 

OPAIS

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