País
Carta aberta para aos candidatos de todos os partidos concorrentes
Por: Francisco Tunga Alberto*
Irmãos:
Angola; País ambicionado pelos governantes desde 1482 completando 535 anos das suas precariedades, causadas pelos sistemas de governação.
Tanto pelos portugueses como também pelos irmãos de sangue que se assumiram como herdeiros do maître politano que é Portugal.
Gostaria apenas lembrar-vos da traição que o homem angolano viveu e foi vítima de vocês, é de facto ter lhe utilizado, para libertação do país de 1961-1974, e depois lhe passar o cheque em branco durante os acordos de Alvor.
Por ter lhe excluído de não ter voz, nem para opinar muito menos ter direito a vida se não cumprir com obrigações fatais (guerras).
O poder usurpado e desviado das instituições matrizes da sociedade, hoje denominada por sociedade civil angolana que começa pelo poder/ autoridade tradicional dos clãs, tribos e linhagens que são verdadeiros alicerces das identidades.
Os agrupamentos/cooperativas de mulheres e jovens que foram usados como logísticos/ libertadores da pátria do jugo colonial, como também das guerras de interesses comerciais para alguns e de conquista e construção da democracia para os outros.
Neste crime não poupou os sábios, intelectuais, profetas da sociedade, igrejas que permitiram muitos de vós ser aquilo que sois hoje.
Tendo analisado profundamente os vossos discursos da pré-campanha, cheguei a conclusão que ninguém comprometeu-se com clareza, para governar o angolano condignamente; Tendo como objectivo fundamental; resolver as questões de fundo que sempre desumanizaram o angolano ao longo do percurso do meio milénio da perda da dignidade.
Sendo DECANO da Sociedade Civil livre de preconceitos de egoísmo partidarizado pelas ideologias mágicas. Sinto a maior obrigação desta vez Alertar-vos no seguinte:
a)- Até fim do ano 2017, transformar os hospitais/centros de humilhação e destruição da dignidade do angolano em hospitais que receberão todos incluindo vós, e famílias devem receber tratamentos juntos com o povo.
Os irmãos políticos nunca consideraram, nem têm confiança naquilo que é nosso, o que vos leva tratarem-se fora do território nacional.
Ao cumprir isto, vos ajudará deixar violar a Constituição no seu artigo 23 que diz “ninguém está acima da lei, todos nós somos iguais perante a lei”. A saúde de quem seja vai se tratar aqui a partir de Janeiro de 2018.
b)- Nenhum filho ou parentes dos candidatos estudará fora de Angola, se não por necessidade e ser devidamente seleccionado com filhos dos dominados. Todos estudantes devem ter acesso a bolsa sem descriminação.
c)- Em relação a trabalho e emprego deve-se acabar a descriminação galopante contra o angolano herói das lutas de sobrevivência.
Dizer que vão criar empregos e dar trabalho é quase tudo igual, cada enganando-se a si próprio; sem definir que emprego e aonde, sem portanto explicar o angolano com que meios, dinheiros, etc.
d)- Cada candidato deve esclarecer ao angolano, o que e como vai proceder para repatriar o tesouro do País roubado dos cofres de Estado e do solo Angolano.
Para terminar, tenham amor ao angolano, no sentido de se servir dos dados estatísticos que Angola possui/recenseamento populacional. Para já o angolano de 1992, 2008 e 2012, já não é o mesmo de hoje. Criar um número determinado de emprego para uma população de maiorias jovens e mulheres, já demonstra o caminho de iniciativas próprias que começam por emprego informais que funcionam todos dias, qual é o plano de cada candidato?
Concluindo; pela honra, dignidade devem jurar perante a Deus e o Angolano;
Comprometendo-se, na criação de condições para pôr fim uma vez por toda, tirar Angola na lista única do País organizador do terrorismo de Estado contra as suas populações:
País endémico com patologias crónicas, permanentes tais como:
– desmaios nas escolas do país.
– seca na parte sul do país.
– falta de identificação para a maioria.
– mortes leves através de métodos especiais, demolições, através das forças de ordem e defesa, policia nacional e não só.
– acabar ou libertar o angolano do ensino isolado do resto do mundo.
– transformar em paz que garante as instituições de Estados em baluartes da justiça, dignidade, legitimidade e segurança nacional.
Tribunal Constitucional deve ser por Quota de cada Nação linguística, valorizando desta forma a defesa dos valores culturais de cada Nação do mosaico Angola.
*Líder da Sociedade Civil Angolana Independente