País
Camponeses da Ana Ndengue rogam ao Presidente da República e Assembleia Nacional pela defesa dos seus terrenos
Associação dos camponeses Ana Ndengue lançou esta terça-feira, 17, em conferência de imprensa o grito de socorro aos órgãos de soberania do poder executivo e legislativo para uma intervenção na usurpação de terreno no distrito do Patriota em Luanda.
Santos Adão presidente da associação dos Camponeses, disse na ocasião que o processo de litígio no tribunal decorre a bom ritmo, visto que a associação está legalmente reconhecida com pelo Estado Angolano e direito de superfície. O responsável reitera que numa primeira fase entre os camponeses e os responsáveis do lar de patriota haviam chegado a um acordo em 2009 para que fosse indiminizados, mas que não foram concretizados.
Segundo ele, primeiro deveriam ser construídas casas de tipologia T3 e T4 para os camponeses não concluindo, chegavam a um acordo que deviam receber 13. 500 dólares, que até aqui não passaram do papel.
Santos Adão disse desde 2014 que decidiram contratar uma empresa construtora, para construir casas para os camponeses que não tem residência. O responsável relata que foram destruídas mais de 45 casas dos camponeses.
Já a camponesa Conceição Mateus Sabino, disse que está no espaço em litígio a vários anos, clama por ajuda de João Lourenço e intervenção da Assembleia Nacional e pelo grupo parlamentar das mulheres do MPLA para por fim neste caso.
A litigante diz estar cansadas por serem expulsas dos seus terrenos, e em certo momento espancadas e também maltratadas, pedindo assim ajudas ao partido no poder e ao seu líder por uma intervenção. “Por favor nos ajudem para que este problema acaba”.
A idosa de 68 anos de idade, afirma que está cansada deste problema e que precisa de uma intervenção do titular do poder executivo para que os acusado de expropriação de terreno parem.
“já estamos velhas muitas de nos já não conseguimos andar, mas somos obrigados a estarmos aqui todos os dias para guardarmos os nossos terrenos”.
Os camponeses apresentaram documntos que comprovam titularidades do espaço de mais de 400 hectares desde 2003 e os respectivos termos de responsabilidades por parte do Lar do Patriota do antigo dirigente do MPLA Dino Matross.
Por sua vez, o porta-voz da associação Ana Ndengue, Raimundo Albino, disse que o que tem assistido neste espaço é lamentável pela brutalidade das forças de ordem orientado pelo Comandante Municipal do Talatona.
“O conflito aqui tem sido entre os membros da Associação Ana Ndengue e a policia Nacional e os agentes da fiscalização do Talatona”, disse e acrescenta que tem sido uma luta terrível. Os camponeses voltam mais uma vez acusar o antigo dirigente e deputado do MPLA Dino Matross e o Camandate Municipal do Talatona Rosário.
O Correio da Kianda contactou mais uma vez o antigo dirigente dos Camaradas que preferiu não dar mais detalhes do assunto remetendo para uma comunicação pública e a decisão do tribunal.