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Sociedade

Camponesas no Zango denunciam expropriação de terras por parte de supostos empresários

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Um número de aproximadamente quarenta camponesas, supostas proprietárias de um espaço de dez hectares de terras, localizados no quilómetro 40 A, junto a Centralidade do Zango oito mil, comuna de Calumbo, dizem-se prejudicadas pelo facto de alegadamente estarem a ser expropriadas das suas lavras por parte de um suposto empresário, identificado por Tazz Costa.

As mesmas, alegam terem documentos comprovativos da posse do terreno cedido, pela então administradora de Calumbo, Maria Cadete, onde tem se dedicado a agricultura, assim como a construção de habitação em alguns espaços, cujas obras foram demolidas pelo suposto empresário.

Isabel Soares 67 anos, camponesa,  explicou aos órgãos de comunicação durante a denúncia,  que o suposto empresário alega ser dono do espaço tendo sido acusado de demolir algumas casas.

Isabel Soares disse que sente-se prejudicada com a demolição de sua obra,  e pretende ajuda das autoridades para resolverem a situação,  que já deu entrada no SIC geral sob processo número 28551/024-06.

Anacleto Cabita, outro camponês,  que alega estar descontente, explicou que o terreno em causa era pertença do seu falecido pai Bernardo Cabita, que em 2003, exercia a função de Presidente da Comissão de Moradores da Povoação do quilómetro 40, em Calumbo.

João Manuel, camponês, disse que tem documentos do terreno e pretendem chamar a razão das autoridades no sentido de se resolver o problema, uma vez que se diz sentir lesado.

Por seu turno, Tazz Costa, o acusado, disse que o terreno é sua pertença por ter todos os documentos legalizados como direito de superfície e registo predial, licença de obra.

Tazz Costa disse tratar-se de um grupo de invasores de terra com finalidade de ocupar terrenos.

O suposto dono do espaço adiantou que muitos cidadãos são detidos por tentativa de apropriação de terreno e acabam por serem soltos dias depois, frisando ainda  que a evasão de terras, segundo o suposto empresário,  tem sido uma prática recorrente, citando o caso de um cidadão de nacionalidade Chinesa, que perdeu quatro hectares de terra por parte de supostos invasores,  e um outro cidadão Eritreu que foi invadido três hectares de terra.

C/JA




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