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Câmara dos representantes do EUA aprova novas sanções contra Rússia

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O clima de entendimento reinou na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos que aprovou, com 419 votos a favor e três contra, o projeto de lei que prevê novas sanções contra a Rússia, mas também contempla o Irão e a Coreia do Norte.

A proposta terá agora de obter a “luz verde” no Senado antes de seguir para a Casa Branca para a promulgação ou veto.

“Estes três regimes ameaçam os interesses vitais dos Estados Unidos em diferentes partes do mundo e estão a destabilizar os respetivos vizinhos. Já passou da hora de respondermos com firmeza”, sublinhou, esta terça-feira, o republicano Ed Royce, presidente da comissão de Negócios Estrangeiros da Câmara dos Representantes.

Na prática, as sanções pretendem ser uma resposta contundente à alegada ingerência de Moscovo nas eleições presidenciais do ano passado nos Estados Unidos.

“Estas sanções são um sinal claro de que os Estados Unidos irão responsabilizar o Presidente Vladimir Putin e os parceiros próximos pelas respetivas ações. São também uma declaração de que o Congresso pode e irá agir mesmo quando o Presidente Donald Trump se recusar fazê-lo”, disse o congressista democrata do Texas Joaquín Castro.

Outro dos motivos elencados para as sanções está relacionado com a anexação da Crimeia e as ingerências russas na Ucrânia.

Condicionado pelo acordo entre republicanos e democratas em relação a Moscovo, apesar das objeções Donald Trump apoia a lei para aumentar sanções contra a Rússia, de acordo com a Casa Branca, e deverá assiná-la.

No domingo, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, revelou, em entrevista ao canal ABC News, que a administração “apoia [uma postura] dura contra a Rússia.” O novo diretor de comunicações da Casa Branca, Anthony Scaramucci, referia, por outro lado, que Trump – que se diz vítima de uma “caça às bruxas” contra si e a sua equipa por eventuais ligações com a Rússia – ainda “não se tinha decidido” sobre o apoio ao projeto de lei.

O jornal “The New York Times” referiu que o Congresso, de maioria republicana, “algemou” o presidente, deixando-o sem grande margem de manobra para mexer nas sanções. Quer vete o diploma, com as alegações que daí possam advir relacionadas com Vladimir Putin e a Rússia, quer o deixe passar, Trump está limitado.

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