Destaque
Cadernos eleitorais divulgados por SMS e na internet
A porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, disse que o plenário aprovou estas variadas formas de divulgação dos cadernos eleitorais para que, com antecedência, os eleitores saibam exactamente o local onde podem exercer o seu direito de voto.
“A par destes quatro mecanismos, a Comissão Nacional Eleitoral pretende também que no próprio dia das eleições, 23 de Agosto, tenhamos nas assembleias de voto com mais de uma mesa de voto, operadores do sistema de informação ao eleitor para informar os cidadãos eleitores que, até àquela altura, desconheçam qual a sua mesa de voto”, afirmou.
“Por outro lado, e caso ainda haja alguma possibilidade, pretendemos também fazer a publicação destas listas a nível das comissões municipais eleitorais”, disse Júlia Ferreira, reforçando que o objectivo é “evitar que haja desinformação em relação ao local onde o cidadão eleitor vai exercer o seu direito de voto” e “esgotar o mais possível todos os recursos que permitam ter esta informação actualizada”.
Júlia Ferreira informou ainda que a Comissão Nacional Eleitoral prolongou até final de Julho o prazo para que as forças políticas concorrentes às eleições gerais de 23 de Agosto entreguem os dados sobre os seus delegados de lista, tendo acrescentado que, até ao momento, apenas o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) apresentaram as suas listas, com representatividade em todo o território nacional.
“Os outros partidos ainda não fizeram a entrega na sua plenitude, nós recebemos também duas reclamações de alguns partidos políticos, onde solicitam a atenção da Comissão Nacional Eleitoral no sentido de condescender para que efectivamente sejam aceites algumas listas referentes a alguns partidos políticos”, disse.
Júlia Ferreira sublinhou que o prazo estabelecido por lei, para os partidos políticos indicarem os seus representantes para serem credenciados como delegados de lista, terminou a 23 de Julho e realçou que esta moratória tem como objectivo essencial que seja assegurada uma “representatividade absoluta, integral, plena e satisfatória dos partidos políticos no processo de observação e fiscalização nas eleições gerais de 2017”.
Estas são as 4.ªs eleições por voto directo e universal desde que Angola optou pelo multipartidarismo em 1991.
As eleições gerais de 23 de Agosto contam com seis forças políticas a disputar os 220 lugares no Parlamento e ainda a eleição do Presidente da República e do Vice-presidente, que são, respectivamente, o primeiro e o segundo nome das listas apresentadas pelo círculo nacional.
Vão estar na disputa pelos votos dos 9,3 milhões de eleitores, conforme o sorteio que ditou a disposição no boletim de voto, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que propõe Isaías Samakuva para Presidente da República, a Aliança Patriótica Nacional (APN), cujo cabeça de lista é Quintino Moreira, o Partido da Renovação Social, cuja aposta para a Presidência é Benedito Daniel, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que tem João Lourenço para substituir José Eduardo dos Santos na Cidade Alta, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com Lucas Ngonda a liderar a lista; e a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), que apresenta Abel Chivukuvuku para Chefe de Estado.
O círculo nacional elege 130 deputados e os círculos das 18 províncias elegem 90, cinco deputados por cada uma delas, contando a Comissão Nacional Eleitoral com 12.512 Assembleias de Voto reunindo um total de 25.873 Mesas de Voto.