Politica
Cacuaco: MPLA preocupado com índice de criminalidade no bairro Vidrul
A criminalidade violenta que se regista em Cacuaco, em particular no bairro Vidrul, levou, nesta segunda-feira, 22, o primeiro secretário do distrito sede de Cacuaco, Francisco Tchipilica, a pronunciar-se sobre o fenómeno naquela localidade, onde alertou que a criminalidade não atrai investidores e só aumenta o índice de desemprego na juventude.
Francisco Tchipilica fez esse pronunciamento quando dirigia a cerimónia de empossamento e a constituição do novo CAP, onde foi eleito Lúcio Cassoma. O dirigente do MPLA em Cacuaco disse ainda aos jovens que o “desemprego não deve ser o único recurso para justificar as acções criminosas”.
O também administrador do distrito do Sequele, que passou grande parte da sua infância naquele bairro, fez recordar que “nós também não tínhamos empregos, mas nem com isso, praticávamos criminalidade e nem formávamos grupos de gangues que hoje usam armas de fogo, catanas e outros meios contundentes para a prática de tais actos, antes pelo contrário, a nossa diversão era escola, prática de futebol, dança e ir a igreja”, disse o político.
O dirigente do partido no poder alertou aos presentes que “quando o bairro torna-se famoso através das más condutas ou delinquências não atrai investimento e os investidores fogem”, Tchipilica disse ainda que razão pela qual quando um jovem procura emprego e identificar-se que é da Vidrul, “dificilmente consegue o emprego porque é conotado como bandido”.
Francisco Tchipilica assegurou que o Executivo liderado pelo MPLA vai continuar a trabalhar para as melhorias e resolução dos problemas sociais daquele bairro e mobilizar os cidadãos na recuperação da perda dos valores morais que tem servido como base para outros delitos.
O bairro da Vidrul, em Cacuaco, é um dos bairros mais perigosos deste município mais ao norte da capital, Luanda. A criminalidade violenta com recurso a arma de fogo, catana e outros meios vêm aumentando cada vez mais.
A população nesta localidade tornou-se refém dos grupos de gangues que se confrontam à luz do dia, em certos casos sem a intervenção da Polícia Nacional. De Janeiro a Março já formam assassinadas mais de cinco pessoas.