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Cabo Verde quer enviar professores para Angola

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Em declarações à imprensa no final da cerimónia, Jorge Figueiredo afirmou que o seu país quer posicionar-se como o principal parceiro de Angola nestas áreas. “Somos capazes de poder disponibilizar uma percentagem importante das necessidades que Angola tem na educação primária e secundária”, disse o diplomata, sublinhando o percurso de Cabo Verde, que atingiu em 2000 a escolaridade básica universal, de acordo com as Nações Unidas.

A taxa líquida de escolarização no Ensino Básico registou um aumento de 21,3 por cento, de 71,5% para 92,8% entre 1990 e 2014. Mais de 90 em cada 100 crianças de idade compreendida entre os 6 e os 11 anos frequentam o Ensino Básico em Cabo Verde e 94 em cada 100 crianças em idade escolar concluem o último ano deste nível de ensino (6º ano). Um quinto dos 552 milhões de euros do Orçamento do Estado (OGE) de Cabo Verde para 2018 vai ser destinado ao sector da Educação, segundo as linhas gerais da proposta apresentada há dias pelo ministro das Finanças.

A fatia reservada à educação representa 20 por cento do orçamento total, com a introdução de medidas como o ensino gratuito desde o pré-escolar até ao 8.º ano e o investimento em infra-estruturas escolares. “O futuro de Cabo Verde está na educação de excelência. Se não conseguirmos ter uma Educação de excelência para preparar os jovens para o mundo moderno, não conseguiremos vencer os desafios. A excelência na educação tem um custo”, disse o ministro da Finanças de Cabo Verde.

Em 2014, o orçamento da Educação representava 15% do Orçamento Geral do Estado e o do Ensino Básico 37% do orçamento da Educação, com 6,2% para o investimento. O forte investimento no sector educativo ao longo dos anos permitiu a extensão da rede escolar e garantiu o acesso à Educação em todo o território cabo-verdiano. Jorge Figueiredo lembrou que Angola e Cabo Verde estiveram sempre ligados por laços históricos assentes em relações de amizade, solidariedade, afinidade políticas e culturais, que constituem a base sólida para as relações de excelência que desenvolvem. 

Desde 2014, os dois países passaram a aplicar o acordo bilateral de facilitação de vistos e reconhecimento recíproco das cartas de condução. Com esta medida, os vistos de cabo-verdianos que entrem em Angola passaram a valer por três anos e o tempo da sua concessão também foi encurtado. Em Cabo Verde, o visto solicitado por um cidadão angolano, para entrada e permanência no país, é de concessão imediata, dispensando muitos procedimentos e documentos.

Experiência no turismo 

O embaixador Jorge Figueiredo disse que o seu país pode transmitir a sua experiência no sector do turismo. Cabo Verde recebeu mais de 650 mil turistas no ano passado, contra os 569 mil no ano anterior. O Reino Unido foi o principal emissor de turistas, com 22,2 por cento do total de entradas, seguido da Alemanha (13,4%), Portugal (10,9%), Bélgica e Holanda, com 10,6 por cento.
Os turistas do Reino Unido foram também os que permaneceram mais tempo no arquipélago, com uma estadia média de 8,9 noites. Sal foi a ilha mais procurada, representando 43,2 por cento das entradas nas unidades hoteleiras. Só no quarto trimestre de 2015, os estabelecimentos hoteleiros cabo-verdianos acolheram 160.545 hóspedes, mais 4,9% do que no período homólogo do ano anterior.

O embaixador de Cabo Verde disse que o seu país pretende também ser a porta para investimentos ou produtos angolanos para a Europa.  Jorge Figueiredo disse que o seu trabalho à frente da missão em Angola vai no sentido de garantir a aproximação dos povos.

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