“O Conselho Nacional analisou e aprovou um plano de actividades que elege a formação dos militantes com vista a uma maior apropriação dos valores e princípios do PAICV à melhoria organizacional como elemento chave e crucial para os próximos tempos”, indicou, segundo a Inforpress, o porta-voz do CN do Partido Africando da Independência de Cabo Verde (oposição).
Segundo ele, os conselheiros entenderam apelar às estruturas do partido e seus militantes para começarem a “mobilizar-se no sentido de transformar o XVI Congresso do PAICV num momento alto e de debate do futuro do país”.
A questão do “centralismo excessivo” esteve também no centro das atenções dos membros do Conselho Nacional, órgão mais importante entre dois congressos.
Segundo a mesma fonte, o PAICV, disse Démis Lobo, defende uma “profunda reforma do Estado”, assim como uma “forte desconcentração” dos poderes que estão no Estado para junto das ilhas, das pessoas e das regiões.
“Entendemos que o essencial dessas reivindicações tem que ver com alguma necessidade que as populações sentem de se empoderar as regiões para que tenham a capacidade de decidir o seu futuro”, lançou o porta-voz do PAICV, acrescentando que o centralismo é um “problema real” que, para o seu partido, “deve ser enfrentado de frente”.
Na sua perspectiva, o actual Governo “descontinuou” as medidas que estavam a ser tomadas a nível da governação electrónica e “não tem qualquer visão para a reforma do Estado do país”.
“Em três anos, foi incapaz de apresentar um pacote de desconcentração dos poderes e das atribuições do Estado e da descentralização administrativa”, acentuou o dirigente do partido da “estrela negra”, sublinhando que, para tais medidas, o executivo de Ulisses Correia e Silva “não precisava necessariamente de fazer qualquer tipo de regionalização”.