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Burkina Faso: junta militar no poder por mais cinco anos

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A junta governante de Burkina Faso permanecerá no poder por mais cinco anos, após participantes nas conversações nacionais terem proposto, este sábado, prolongar a transição para a democracia por 60 meses a partir de julho, conforme o texto de uma nova carta aprovada.

As autoridades militares assumiram o poder em um golpe de Estado em 2022, comprometendo-se a realizar eleições em Julho deste ano para restaurar o regime civil, mas destacaram que as considerações de segurança teriam prioridade.

Segundo a nova carta, assinada pelo líder militar Ibrahim Traore, a transição será de 60 meses a partir de 2 de Julho. “As eleições que marcam o fim da transição podem ser organizadas antes desse prazo, se a situação de segurança permitir”, acrescentou.

Este adiamento substancial deve aumentar as preocupações sobre o retrocesso democrático na África Ocidental e Central, onde ocorreram oito golpes de Estado nos últimos quatro anos. A carta também permite que Traore concorra à presidência quando as eleições ocorrerem.

A violência na região do Sahel, na África Ocidental, impulsionada por uma luta de uma década contra grupos islâmicos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico, piorou desde que os militares tomaram o poder em Burkina Faso e nos países vizinhos Mali e Níger.

Burkina Faso sofreu uma grave escalada de ataques mortais em 2023, com mais de oito mil pessoas supostamente mortas, de acordo com o grupo de monitoramento de crises ACLED, com sede nos EUA.




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