Brasil
Brasil: presidente Lula demite ministro acusado de assédio sexual
O Presidente da República Federativa do Brasil, Lula da Silva, demitiu nesta sexta-feira, o ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, por conta de denúncias e acusações de assédio sexual.
Segundo a presidência do Brasil, a decisão foi tomada depois de o governante ser convocado e ouvido no Palácio do Planalto, na tarde desta sexta-feira, 06 de Setembro de 2024.
Lula da Silva considerou insustentável a manutenção do ministro no cargo, face a gravidade das acusações.
Lembrar que Sílvio Almeida foi denunciado por várias mulheres por assédio sexual junto da organização não-governamental (ONG) Me too. À rádio de Goiânia, o presidente Lula, questionado a propósito, comentou, em tom de desagrado, afirmando que “Meu Governo tem uma prioridade em fazer com que as mulheres se transformem definitivamente numa parte importante da política nacional. “Então, eu não posso permitir que tenha assédio”
Lembrar que as acusações ganharam força, pelo facto de uma professora e candidata a vereadora, ter saído do anonimato e denunciado nesta sexta-feira, o ministro de a ter assediado sexualmente.
Trata-se da professora Isabel Rodrigues, candidata a vereadora de Santo André, um município em São Paulo, pelo Partido Socialista, que partilhou um vídeo nas suas redes sociais dizendo que, há cinco anos, durante um almoço com alunos de um curso de Direito do agora ministro Sílvio Almeida, este estava sentado ao seu lado e, em determinado momento, passou a mão por baixo da sua saia.
“Ele levantou a saia e colocou a mão nas minhas partes íntimas, com vontade, eu fiquei estarrecida, fiquei com vergonha das pessoas, porque é assim que as vítimas se sentem”, detalhou Isabel Rodrigues citada nas notícias.
A candidata a vereadora disse ainda que após o almoço, ligou ao agora ministro dos Direitos Humanos, tendo dito: “Você cometeu uma violência sexual comigo, você é advogado e sabe que isso é violência”.
As acusações contra Sílvio Almeida, o único ministro negro do Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e que se diz vítima de uma “campanha” racista, foram veiculadas pelo site Metrópoles e ratificadas pela organização Me Too, segundo a qual, várias mulheres, cujas identidades são mantidas em sigilo, o denunciaram.